
A obra, decorrente da celebração dos 150 anos dos jardins inaugurados com a 1.ª Exposição Internacional portuguesa, contém, conta o portal de notícias da autarquia, um “enorme” espólio fotográfico de vários arquivos da cidade e outros documentos. Alguns eram mesmo praticamente desconhecidos até agora, como reconheceu o especialista em história da cidade Germano Silva, que assistiu ao lançamento do livro nos próprios jardins.
“É um livro que pretende servir de auxiliar à interpretação deste espaço da cidade, sugerindo formas de o percecionar”, afirma ao Porto., Teresa Portela Marques, que é já coautora do livro “Jardins Históricos do Porto” e cuja tese de doutoramento se intitula “Dos jardineiros paisagistas e horticultores do Porto de Oitocentos ao Modernismo na Arquitectura Paisagista em Portugal”.
Para Teresa Portela Marques, além de se inscreverem num tempo de desenvolvimento industrial e urbano da cidade e do país, aqueles que são considerados dos mais belos jardins românticos da Europa são também “a afirmação de um ideário paisagístico que promove uma nova estética e o recreio moderno ao ar livre, materializando a visão e o sonho de um grupo de cidadãos progressistas”.
A história
Com efeito, a criação dos Jardins do Palácio de Cristal surgiu da iniciativa privada de um grupo de cidadãos que se constituíram na Sociedade do Palácio de Crystal Portuense, para acolher as exposições internacionais de divulgação da indústria, agricultura, manufatura e artes, a exemplo do que se fazia em cidades como Paris e Londres.