
A Porto Editora revelou terça-feira as dez candidatas a Palavra do Ano de 2020. Em ano de pandemia, a lista inclui vocábulos como “confinamento”, “Covid-19”, “zaragatoa” e “discriminação”.
“A realidade impõe-se e é incontornável: os acontecimentos de 2020 influenciam a lista de candidatas para a 12.ª edição da iniciativa PALAVRA DO ANO®”, salienta a Porto Editora.
Construída com base nas sugestões que os portugueses fizeram através do site www.palavradoano.pt, nas pesquisas efetuadas no Dicionário da Língua Portuguesa em www.infopedia.pt e no trabalho permanente de observação e acompanhamento da realidade da língua portuguesa, levado a cabo pela Porto Editora, as candidatas a Palavra do Ano® 2020 em Portugal são as seguintes:
– Confinamento
– COVID-19
– Discriminação
– Digitalização
– Infodemia
– Pandemia
– Saudade
– Sem-abrigo
– Telescola
– Zaragatoa
Pela primeira vez, a iniciativa decorre em simultâneo em Portugal, Angola e Moçambique. Apesar das diferenças, as três listas incluem vocábulos relacionados com o coronavírus e o novo contexto social causado pela pandemia. As dez palavras candidatas a Palavra do Ano em Angola são nacionalização, autárquicas, violência, educação, agricultura, industrialização, coronavírus, pandemia, manifestação e quarentena. Já a lista de Moçambique inclui pandemia, distanciamento, ataques, isolamento, desemprego, emergência, refugiados, coronavírus, máscara e mahindra.
A votação decorre aqui até 31 de dezembro e as vencedoras serão divulgadas a 4 de janeiro de 2021.
Criada em 2009, a Palavra do Ano tem como principal objetivo “sublinhar a riqueza lexical e o dinamismo criativo da língua portuguesa, património vivo e precioso de todos os que nela se expressam, acentuando, assim, a importância das palavras e dos seus significados na produção individual e social dos sentidos com que vamos interpretando e construindo a própria vida”.
Ao longo dos anos, foram escolhidas palavras como “esmiuçar” (2009), “vuvuzela” (2010), “austeridade” (2011), “entroikado” (2012), “bombeiro” (2013), “corrupção” (2014), “refugiado” (2015), “geringonça” (2016), “incêndios” (2017), “enfermeiro” (2018) e “violência doméstica” (2019).