O Cinema Batalha irá abrir portas no início do mês de dezembro, mais precisamente, no dia nove, anunciou o presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira, esta quarta-feira, em conferência de imprensa.
Na sessão, o diretor artístico, Guilherme Blanc apresentou também a programação do restaurado e modernizado edifício, revelando a intenção de apresentar “programas que alarguem a compreensão sobre o cinema, sobre a sua heterogeneidade formal e cultural”, que reflitam a diversidade complexa dos públicos.
Para Rui Moreira com a abertura da nova casa do cinema, está a recolocar-se “o Batalha no centro das vivências da cidade do Porto, das suas gentes e do seu setor do cinema”, promovendo o “diálogo transdisciplinar e de abertura a diferentes tendências e conceitos artísticos”, e estimulando uma lógica “não só de fruição mas também de descoberta, debate e problematização”.
O Batalha inclui no seu programa “ciclos temáticos, retrospetivas e focos em práticas contemporâneas, bem como a ligação a outras artes”, lê-se no portal de notícias da autarquia.
“Estimular a cinefilia e cultura cinematográfica, através de projetos educativos, editoriais, formativos e de debate”, são alguns dos objetivos.
Guilherme Blanc começou “por apresentar os ciclos temáticos que, dedicados a temas específicos ou cruzando géneros diversos, vão colocar em debate questões sociais, culturais e políticas prementes”.
Por sua vez, “nas Matinés do Cineclube, o Batalha retoma a ligação histórica com o Cineclube do Porto, em sessões quinzenais que revisitam os momentos mais marcantes da história da instituição”.
“Focado em experiências coletivas de realização e produção de cinema, «Coletivos» apresenta o trabalho do coletivo indígena COUSIN; de Yugantar Film Collective, o primeiro coletivo de cinema indiano fundado e constituído exclusivamente por mulheres; e Zanzibar, coletivo de cinema experimental formado por jovens realizadores franceses, na altura do Maio de 68”.
Além do extenso programa, ao longo do ano, o Batalha “vai ainda abrir portas aos vários festivais de cinema da cidade”, bem como acolher as «Sessões Filmaporto», “dedicadas a filmes de autores e produtores da cidade, cuja seleção é feita através de uma open call permanente”.
Foto: Guilherme Costa Oliveira