A Câmara Municipal de Gaia apresentou o orçamento para 2025, no valor de 284,76 milhões de euros, o que representa um acréscimo de 12,86 milhões face ao ano anterior. A informação é avançada pelo portal de notícias do município.
Deste montante, a maior parte (198,8 milhões de euros, ou 69,83%) provém de receitas correntes, enquanto os restantes 85,9 milhões de euros (30,17%) são receitas de capital. A proposta foi debatida e aprovada em reunião de Câmara realizada a 25 de novembro.
O presidente da autarquia, Eduardo Vítor Rodrigues, destacou os avanços desde que assumiu o cargo em 2013 e afirma que o município “está muito melhor”. Segundo o autarca, o investimento atual é o dobro do registado há 11 anos, tornando Gaia o nono concelho com mais investimento pago no país. Além disso, desde 2013, o município amortizou 210 milhões de euros de passivo, o que permitiu reduzir a dívida para cerca de 71 milhões de euros.
O aumento da receita para o próximo ano deve-se sobretudo ao crescimento de receitas correntes (mais 2 milhões de euros) e de capital (quase 11 milhões), com destaque para a Derrama e o Imposto Único de Circulação (IUC).
Por outro lado, prevê-se uma redução nas receitas provenientes do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), cuja taxa tem sido progressivamente reduzida desde 2013.
Eduardo Vítor Rodrigues frisou que as prioridades para 2025 continuam a ser a habitação e os transportes. No âmbito do programa 1.º Direito, estão previstos 76,1 milhões de euros para execução até março de 2026, com 13,6 milhões destinados a 2025 e 62,6 milhões para 2026, incluindo a aquisição de 387 habitações.
Já na área da mobilidade, estão destinados 17,3 milhões de euros para os transportes rodoviários, que incluem 4,1 milhões para a municipalização da STCP e 1,7 milhões para a operação da rede UNIR. Cerca de seis milhões de euros serão investidos em obras na rede viária, segundo o município.
Importa ainda referir os valores destinados à administração geral, na ordem dos 37,1 milhões de euros, a ação social com 31,3 milhões, a educação com 32,8 milhões, e o desporto, recreio e lazer com 16 milhões.
Em jeito de conclusão, o documento apresentado pela Câmara de Gaia refere que o plano é “rigoroso”. A autarquia assume ainda “a necessidade de continuar a reforçar o papel de Gaia na Área Metropolitana do Porto e no país, cumprindo os desígnios de um município ambicioso, mas sustentável, um município ousado, mas inteligente”.