Construída em 20 dias, a nova unidade de cuidados intensivos do Hospital Pedro Hispano, em Matosinhos, com 11 camas, todas com pressão negativa, foi inaugurada na terça-feira.
O investimento foi de 700 mil euros, sendo que a maior parte da verba foi assegurada por mecenas locais, tendo a Câmara de Matosinhos comparticipado com pouco mais de 100 mil euros.
Para a presidente do município, Luísa Salgueiro, “é uma obra a muitos títulos extraordinária, porque foi construída num tempo recorde, porque vem dar resposta a uma lacuna em termos de cuidados intensivos que fica agora preenchida não só para responder a este período da pandemia, mas para a atividade normal da atividade local de saúde de Matosinhos, porque grande parte do seu financiamento é feito por contributos da sociedade civil que nós mobilizamos para ajudar nesta época, porque conta muito com a participação dos profissionais no desenho do próprio espaço”.
A ideia surgiu há cerca de um mês “para responder à probabilidade que existia de a unidade de cuidados intensivos do Hospital Pedro Hispano não ser suficiente para receber todos os doentes-covid, mas não é algo que se esgote num período pós-pandemia”.
“É uma unidade que permite uma retoma da atividade normal do hospital e vai beneficiar toda a população que é servida pelo Hospital Pedro Hispano”, assegurou a autarca, em entrevista à TSF.
Para a ministra da Saúde, trata-se de “uma unidade essencial para o Serviço Nacional de Saúde”. Na inauguração, Marta Temido disse que a nova unidade é o “construir e preparar uma nova resposta de 11 camas adicionais com condições adequadas a duplicar a capacidade de resposta”, o que “permite ter uma resposta e mais um passo no sentido de ter em Portugal uma capacidade de resposta em medicina intensiva que esteja em linha com a média da União Europeia”.
De recordar que o Hospital Pedro Hispano é uma das instituições de referência na região Norte. Além de Matosinhos, o Hospital Pedro Hispano serve ainda os municípios da Póvoa de Varzim e de Vila do Conde, num total de 320 mil pessoas.