
O Instituto Português de Oncologia do Porto (IPO-Porto), no âmbito do Dia Mundial de Cancro da Cabeça e Pescoço (27 de julho), alerta para a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do cancro da cabeça e pescoço, sensibilizando a população a não desvalorizar sintomas como dor de garganta, alterações da audição e nariz entupido, feridas na boca e aftas que não cicatrizam ao fim de três semanas, rouquidão e outros.
“O diagnóstico precoce é fundamental e a referenciação para centros de excelência, com equipas multidisciplinares, é igualmente importante”, explica Jorge Guimarães, coordenador da Clínica de Cabeça e Pescoço do IPO-Porto, explicando que a prevenção pode passar por uma boa higiene oral, por não fumar e não beber bebidas alcoólicas em excesso e aderir à vacinação contra o HPV antes de iniciar a vida sexual”.
Refira-se que durante esta semana, o IPO-Porto organiza uma ação de formação intensiva para cerca de 150 profissionais de saúde (médicos de família, médicos dentistas e enfermeiros) de 24 a 27 de julho. O Instituto quer sensibilizar e formar os profissionais de primeira linha para que possam intervir sobre os fatores de risco e identificar precocemente os sintomas da doença.
O Instituto vai também criar uma linha direta de comunicação com estes profissionais para que possam enviar, por correio eletrónico ([email protected]), fotografias e exames para partilhar e esclarecer dúvidas com os oncologistas da Clínica de Cabeça e Pescoço.
Em Portugal, de acordo com os últimos dados (2015), a incidência de carcinoma da Cabeça e Pescoço foi de 52 novos casos por 100.000 na população masculina, por ano, e de 8 novos casos por 100.000 na população feminina, com taxas de mortalidade de 20/100000 e 3/100000, respetivamente. Anualmente há cerca de 3.000 novos casos da doença em Portugal, 85% dos quais em fumadores ou ex-fumadores, com taxas de incidência e mortalidade das mais elevadas na Europa.