Esta quarta-feira, o diretor do Serviço de Gastrenterologia do IPO do Porto alertou a população para a importância da realização do rastreio do cancro colorretal. A mensagem de Mário Dinis Ribeiro surge no âmbito do mês de sensibilização para esta problemática, internacionalmente conhecido como “março azul”.
Segundo o responsável, esta é uma doença que mata mais de uma dezena de portugueses por dia e que poderá afetar “um em cada 20 portugueses, se nada for feito”, apontou, em declarações à Agência Lusa.
Neste sentido, destacou a importância da realização do rastreio e diagnóstico precoce, capaz de “reduzir a incidência e mortalidade por este cancro”.
Alertando que o Programa de Rastreio do Cancro do Cólon e Reto (CRR) recomeçou em setembro de 2020, estando, desde então, “a funcionar em segurança para o utente e para os profissionais”, o especialista aconselha a que os utentes não deixem de o fazer por receio da pandemia.
“O rastreio do CCR é feito através da realização da pesquisa de sangue oculto nas fezes (PSOF), a cada dois anos. Caso a PSOF seja positiva, o utente é chamado para efetuar uma colonoscopia”, sublinha o Notícias ao Minuto, que refere que, segundo Mário Dinis Ribeiro, sempre que o utente não seja convocado deve “procurar o seu médico assistente e decidir com ele qual o método de rastreio mais adequado para si”.
O Programa de Rastreio do Cancro do Cólon e Reto (CRR) no Norte é dirigido aos utentes dos 50 aos 74 anos de ambos os sexos, inscritos nas unidades de cuidados de saúde primários. Foi implementado pela Administração Regional de Saúde do Norte (ARS-N) em 2017.