Antevê-se o investimento de dois milhões de euros, até 2024, no Serviço de Medicina Nuclear, mais propriamente em “radiofármacos e na aquisição de equipamento”, por parte do Instituto Português de Oncologia (IPO) do Porto. O intuito da aplicação do capital é dispor de “radiofármacos inovadores nas suas instalações com o objetivo de aumentar a capacidade de resposta a tratamentos personalizados para os doentes”.
Segundo a notícia avançada pelo Porto., com base em informações prestadas à Agência Lusa através de um comunicado de Júlio Oliveira, presidente do IPO do Porto, “a incidência das neoplasias [tumor que ocorre pelo crescimento anormal do número de células] tende a aumentar. Felizmente existem cada vez mais tecnologias que estão disponíveis e que estão a ter impacto no controlo da doença oncológica. Os radiofármacos são uma forma muito interessante e inteligente de tratar a doença oncológica. Infelizmente não num número muito significativo de patologias ainda, mas está progressivamente a aumentar o número de indicações para os quais se pode usar este tipo de medicamentos”.
De acordo com o mesmo documento, já foram comprovados “os primeiros resultados com a produção interna de radiofármacos” nas áreas de especialidade dos tumores neuroendócrinos e da próstata.
“Na Medicina Nuclear estamos a fazer uma aposta na investigação clínica, oferecendo aos doentes outras oportunidades de tratamento após terem esgotado as oportunidades de tratamento convencionais”, conclui o presidente do IPO do Porto.
Ainda em conformidade com a notícia do portal Porto., realizaram-se mais de 5.100 exames PET (imagens tridimensionais da distribuição das moléculas marcadas no corpo humano) e 486 terapêuticas inovadoras no Serviço de Medicina Nuclear do IPO do Porto durante o ano de 2022.
Foto: Miguel Nogueira
