Foram entregues nove propostas ao concurso público para a reparação do tabuleiro inferior da ponte Luiz I, que liga o Porto e Gaia, revelou esta quinta-feira a Infraestruturas de Portugal (IP).
O concurso público para reparação do tabuleiro inferior da Ponte Luiz I – uma empreitada reclamada há vários anos pelas câmaras do Porto e de Vila Nova de Gaia – foi lançado em 9 de outubro.
Em resposta à Agência Lusa, a Infraestruturas de Portugal informa que “foram entregues nove propostas”. “Decorre agora a fase de avaliação e validação das mesmas”, acrescenta.
O anúncio, publicado em outubro em Diário da República, refere que o prazo de execução da obra no tabuleiro da ponte sobre o rio Douro que liga as duas cidades à cota baixa é de um ano. O valor base é de 3,8 milhões de euros.
De recordar que a empreitada foi lançada em 2019, por um valor de dois milhões de euros, mas o concurso ficou deserto.
Este ano, em setembro, o Governo autorizou a IP a investir 3,8 milhões de euros na reparação do tabuleiro.
Fonte oficial da IP disse, na altura, que o novo montante atribuído à obra decorreu do facto de o anterior estar abaixo dos valores de mercado (o que fez com que o concurso ficasse deserto) e de trabalhos adicionais por exigência da Direção Geral do Património Cultural já que a Ponte Luiz I está classificada como imóvel de interesse público desde 1982 e insere-se no Centro Histórico do Porto, zona classificada como Património Mundial pela UNESCO.
A reparação do tabuleiro inferior da Ponte Luiz I prevê, entre outros trabalhos, a “substituição integral da laje do tabuleiro inferior”, a reparação dos passeios, a “retificação das chapas deformadas”, a substituição de rebites e das juntas de dilatação, a introdução de sistema de travamento longitudinal e o reforço dos banzos superiores das vigas, diagonais e montantes por adição de chapas de aço.
Prevê-se ainda a manutenção dos aparelhos de apoio, reparação das portas de acesso aos encontros e reabilitação dos serviços afetados.
Os trabalhos deverão implicar condicionamentos na circulação, não se sabendo ainda se incluem, em algum momento, a interdição total do trânsito