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Investigadores do ICBAS detetam bactérias patogénicas em praias do Norte

Investigadores do ICBAS detetam bactérias patogénicas em praias do Norte

Foram detetadas bactérias patogénicas, algumas até resistentes a antibióticos, nas águas de praias balneares do Norte do país. Os investigadores do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS), no Porto, acreditam estarem associadas às alterações climáticas.

“Em águas balneares do Norte de Portugal, classificadas como excelentes para banhos de acordo com a legislação em vigor, foram detetadas bactérias do género Vibrio (V. cholerae, V. parahaemolyticus e V. vulnificus), algumas patogénicas para o ser humano, inclusive resistentes a antibióticos”, indica o portal de notícias da Universidade do Porto.

Segundo o ICBAS, o “aumento da temperatura, as variações de salinidade e a concentração de partículas na água parecem ser responsáveis pela propagação destas bactérias, que representam um risco não contabilizado para a saúde pública, uma vez que a avaliação oficial é feita exclusivamente por indicadores fecais”.

“O número de infeções relacionadas com a água balnear em todo o mundo, incluindo na Europa, tem vindo a crescer nos últimos anos”, refere o instituto, acrescentando que a maioria dos casos está associada a “bactérias autóctones” e “vírus entéricos”.

“A maioria dos casos está associada a bactérias autóctones que encontram condições favoráveis para se propagarem, devido às alterações climáticas, ou a vírus entéricos, em resultado das descargas de águas residuais brutas ou deficientemente tratadas”, esclarece o ICBAS.

De referir que os resultados foram obtidos no âmbito do projeto BeachSafe, em curso no Laboratório de Hidrobiologia e Ecologia do ICBAS, que tem estudado a presença de agentes microbianos emergentes em dez praias atlânticas – Afife, Ofir, Póvoa de Varzim, Árvore, Matosinhos, Salgueiros, Aguda, Paramos, Cortegaça e São Jacinto – durante um período de 14 meses.

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O projeto BeachSafe – Poluentes microbianos emergentes em águas balneares é cofinanciado pelo COMPETE 2020, Portugal 2020 e pela União Europeia através do FEDER e pela FCT através de fundos nacionais.

O Laboratório de Hidrobiologia e Ecologia do ICBAS, em colaboração com a Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa – Porto, está ainda a desenvolver um novo sistema para a deteção e monitorização, em tempo real, de poluentes persistentes em águas recreativas –  projeto MOPPWATEE

 “O impacto socioeconómico das águas recreativas, como as de zonas de lazer, turismo e comércio, é vital para países turísticos costeiros como Portugal, sendo que a conservação da sua qualidade e sustentabilidade é crucial para a sustentabilidade ambiental da atividade”, salienta a U.Porto.

“Este sistema de deteção e monitorização em desenvolvimento apresenta evidentes vantagens em relação aos utilizados atualmente, em termos de custos, consumo de reagentes, portabilidade, baixa toxicidade e especiação de substâncias a analisar”, acrescenta.

O projeto MOPPWATER –  Novos sistemas sensores para monitorização de poluentes persistentes em águas de recreio é cofinanciado pelo COMPETE 2020, Portugal 2020 e pela União Europeia através do FEDER e pela FCT através de fundos nacionais.

Foto: ICBAS

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