“Este produto energético, que tem por base filmes orais, permite aos consumidores uma melhor ‘performance’, quando comparada com outros produtos que contêm cafeína”, referiu à Lusa Pedro Castro, investigador da Escola Superior de Biotecnologia (ESB) da Universidade Católica (Porto), um dos responsáveis pelo projeto OraLeaf.
“Fáceis de transportar e de manusear”, os filmes orais são películas finas, produzidas de forma a se dissolverem e libertarem substâncias ativas quando entram em contacto com a saliva, num período igual ou superior a 30 segundos, explicou.
Esses filmes, continuou, possuem uma elevada área de contacto, o que garante uma maior superfície de libertação em relação a outros métodos, tornando a ação mais rápida e eficiente.
De acordo com Pedro Castro, a inovação deste projeto reside no facto de se ter desenvolvido uma nova tecnologia de libertação controlada de cafeína, que pode ser aplicada a outras moléculas.
“Pretende-se que este produto seja um exemplo de investigação aplicada, em que o potencial da tecnologia desenvolvida nos nossos laboratórios, pelos nossos investigadores, pode melhorar o quotidiano dos consumidores”, referiu.
Além de Pedro Castro, participam no projeto as investigadoras Patrícia Baptista, Ana Raquel Madureira e Manuela Pintado, esta última também docente da Universidade Católica (Porto), e Bruno Sarmento, professor da Cooperativa de Ensino Superior Politécnico e Universitário (CESPU) e investigador do i3S (Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da Universidade do Porto).
Refira-se que a equipa participou no programa BIOTECH_agrifood INNOVATION, programa de pré-aceleração criado pela Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica do Porto (ESB-UCP), com o apoio da associação Portugal Foods e da Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE).
Esta participação permitiu aos responsáveis um aprofundamento na área do empreendedorismo e permitiu introduzir e consolidar conceitos, possibilitando o aumento de conhecimento e a aquisição de competências empreendedoras, bem como um conhecimento do mercado.
Foi possível, assim, “desenvolver um plano de negócios que, apesar de embrionário, tende a ser um suporte para a potencial criação de uma ‘startup’, que vise a comercialização do produto”, acrescentou Pedro Castro.
Sexta-feira 12 Janeiro, 2018
Investigadores do Porto desenvolvem produto energético para uma melhor ‘performance’ física e mental
De forma a melhorar a ‘performance’ física e mental durante longos períodos de tempo, investigadores do Porto desenvolveram um produto energético que se desintegra em contacto com a saliva e que liberta cafeína, de forma controlada.