PUB
Sogrape - Mateus Rosé

Investigadora da U.Porto premiada com bolsa de 2 milhões de euros

Investigadora da U.Porto premiada com bolsa de 2 milhões de euros

Rita Covas, do Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos da Universidade do Porto (CIBIO-InBIO), foi contemplada com uma bolsa de consolidação do Conselho Europeu de Investigação – European Research Council (ERC).

Foram distinguidos pelo ERC quatro investigadores a trabalhar em centros de investigação nacionais: Rita Covas, do CIBIO-InBIO, Luís Mafra e Nuno Silva, ambos da Universidade de Aveiro, e a neurocientista norte-americana Megan Carey, da Fundação Champalimaud.

Cada um dos cientistas vai receber uma bolsa de consolidação (Consolidator Grants) no valor de cerca de dois milhões de euros.

O projeto de Rita Covas, do CIBIO-InBIO, insere-se no domínio da ecologia evolutiva e, ao longo dos próximos cinco anos, vai levar a investigadora até à savana africana para estudar as relações entre as espécies e a forma como estas cooperam, avança o portal da U.Porto.

“A cooperação é intrigante de um ponto de vista evolutivo, pois cooperar é benéfico para o grupo, mas traz muitas vezes custos para o indivíduo cooperador. No entanto, a cooperação é comum na natureza, desde micro-organismos até às sociedades humanas. Perceber o que permite a evolução e manutenção da cooperação é portanto uma questão fundamental da biologia evolutiva”, explicou Rita Covas.

Para deslindar os mistérios da cooperação entre espécies, a investigadora terá a “ajuda” do tecelão sociável (Philetairus socius), uma espécie de ave selvagem da savana africana que vive em grupos sociais e é altamente cooperativa. É nestas aves que a equipa de Rita Covas vai “testar uma hipótese que propõe que uma preferência por parceiros mais cooperativos pode fornecer uma explicação poderosa para a evolução e estabilidade da cooperação”, explica o portal de notícias da U.Porto.

PUBLICIDADE - CONTINUE A LEITURA A SEGUIR

A bolsa atribuída pelo ERC será “extremamente importante” para cumprir os objetivos da investigação. “E parte do dinheiro já tem o destino traçado: Vamos contratar estudantes, pós-docs e técnicos, comprar equipamento (ex, câmaras e computadores para monitorizar o comportamento cooperativo), análises genéticas, um veículo para o trabalho de campo, viagens para o campo (na África do Sul) e despesas gerais de manutenção do trabalho de campo”, elencou a também investigadora associada da Universidade de Cape Town (África do Sul).

Segundo a U.Porto, o Conselho Europeu de Investigação atribuiu este ano 301 Consolidator Grants, o que representa um financiamento total de cerca de 600 milhões de euros, a distribuir por “cientistas e académicos de topo” (doutorados e com sete a 12 anos de experiência) de 37 nacionalidades em instituições de 24 países europeus.

Entre os distinguidos figura o nome de Susana Coelho, antiga estudante de Biologia da Faculdade de Ciências da U.Porto (FCUP) e atual investigadora do Centre National de la Recherche Scientifique (CNRS), em França, instituição que mais bolsas conquistou este ano (20), seguida pela Universidade de Oxford (Reino Unido), com nove, e pelo também francês Institut National de la Santé et de la Recherche Médicale Inserm (Inserm ), com sete.

As Consolidator Grants foram criadas em 2007 e, desde então, o ERC já financiou projetos de 34 cientistas portugueses ou estrangeiros a trabalhar em Portugal, entre os quais se inclui o investigador da U.Porto Helder Maiato, do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (I3S), distinguido em 2015.

Foto: DR

PUBLICIDADE

PUB
www.pingodoce.pt/pingodoce-institucional/revista-sabe-bem/uma-pascoa-saborosa-com-a-sabe-bem/?utm_source=vivaporto&utm_medium=banner&utm_term=banner&utm_content=0324-sabebem78&utm_campaign=sabebem