Atualmente, o serviço de acolhimento noturno dos Albergues Noturnos tem capacidade para alojar 60 pessoas (49 homens e 11 mulheres).
“Com as obras, vamos aumentar a capacidade para mais 15 camas. Portanto, no total, vamos ter apoio no serviço noturno para 75 pessoas, em que 60 serão homens e 15 serão mulheres”, explicou o diretor da instituição, Miguel Neves.
“Isto é mesmo uma questão de urgência disponibilizarmos mais camas, porque há cada vez mais pessoas sem-abrigo e há cada vez mais pessoas com dificuldade em assegurar o seu alojamento autonomamente”, disse Miguel Neves, acrescentando que “é um investimento que significa um tremendo esforço financeiro por parte desta instituição”.
As obras terão início já neste primeiro trimestre e serão lançadas, “brevemente, campanhas de angariação de apoios juntos dos habituais benfeitores”.
Para a angariação de fundos para ampliar o número de camas para os sem-abrigo, a AANP pode contar com as receitas de um negócio próprio de produção de cogumelos ‘gourmet’, e vai “também tentar uma aprovação a uma candidatura aos novos fundos comunitários 2014-2020”.
As obras de reabilitação irão realizar-se no edifício sede na Rua Mártires da Liberdade, no Porto, e irão contemplar o serviço de acolhimento noturno, “para melhorar as condições de acessibilidade, mobilidade e também de conforto, designadamente melhoramento térmico e acústico, melhorar as condições de balneários e sanitárias e o mobiliário”.
Esta primeira fase representa um investimento de cerca de 800 mil euros.
A segunda fase, cujo investimento é superior a dois milhões de euros, será realizada num edifício contíguo ao serviço de acolhimento noturno, e visa a melhoria das condições do serviço de alimentação, do serviço de rouparia e do serviço de reabilitação e inserção social.
O diretor da AANP prevê que a empreitada esteja concluída em 2016, e garante que as obras não irão interferir com a segurança e higiene do serviço dos Albergues Noturnos e que ninguém terá que voltar para a rua.
A AANP foi fundada a 01 de dezembro de 1881 pelo rei Luís I para responder à pobreza extrema.