
Segundo Ana Paula Vitorino, trata-se de uma intervenção com um custo de 3,8 milhões de euros, que vai ser feita em duas fases, a primeira já este ano e a segunda no próximo ano. Para este ano está prevista a construção de uma rampa de acesso para embarcações e para 2017 está prevista a empreitada de um “molhe de abrigo”, orçado em 3,2 milhões de euros.
Antes desta cerimónia, a ministra visitou a zona piscatória local onde os pescadores se queixaram da falta do portinho de Angeiras, um projeto que aguardam há décadas e já várias vezes prometido por diversos governos.
Recordando que o primeiro-ministro, António Costa, ainda em campanha eleitoral para as legislativas se deslocou ao local e afirmou que “tudo ia fazer para contribuir para melhorar a vida” das pessoas que vivem naquela zona piscatória, Ana Paula Vitorino frisou que “palavra dada é palavra honrada”.
Lembrou ainda que, quando foi secretária de Estado no governo socialista de José Sócrates, “em 2008 ou 2009”, chegou a anunciar a empreitada em causa, mas “havia umas ideias diferentes” e o Governo de então decidiu pará-la “para pensar”.
“Se fosse hoje não teria parado para pensar”, disse, acrescentando que agora vai mesmo para a frente, sendo a pesca “a primeira das primeiras atividades ligadas ao mar”.
O presidente da Câmara de Matosinhos, Guilherme Pinto, recordou também que o portinho de Angeiras tinha “o concurso prontinho” e que este não avançou àquela data porque “a comunidade [local] disse que aquela opção não servia”.
“Eu fiquei desolado”, disse, lamentando que depois com a mudança de governo nada tenha avançado, “porque não havia dinheiro para nada”.
Ana Paula Vitorino concluiu que esta é uma “intervenção há muito necessária e tem mesmo que ser feita”.