Simone Biles, mais uma vez, preferiu a voz em vez do silêncio, quando nos Jogos Olímpicos de Tóquio, no Japão, bateu com a porta e abandonou a competição em prol da sua saúde mental.
A saúde mental foi sempre o parente pobre da saúde. A “máquina” que faz o corpo funcionar tem sido muito esquecida. No desporto este problema também está latente e manifesto. Há muitos demónios na “cabeça da alta competição”.
É fundamental os atletas fazerem terapia para perceberem, compreenderem e integrarem os acontecimentos de vida que condicionam a sua performance.
Quando estamos de um lado de um rio tumultuoso e queremos ir para o outro, temos que perceber como podemos chegar ao outro lado. Não faz sentido criar uma meta, um objetivo, sem trabalharmos competências mentais para o alcançar.
Existem etapas antes durante esse “caminho” que são fulcrais e determinantes para que ele seja feito com consistência e sucesso:
- Perceber quais são as suas crenças limitantes;
- Adquirir técnicas para lidar com a pressão das expectativas dos outros;
- Aprender a descansar melhor, a repor as energias, a recuperar fisicamente de lesões;
- Aprender a libertar o stress diário;
- Criar um mindset;
- Não seguir a descrença dos que estão a sua volta, ter confiança e seguir na direção certa;
- Manter a persistência e a resiliência em momentos negativos;
- Saber manter e melhorar o foco e a concentração no seu objetivo;
- Conseguir manter a calma, tranquilidade, antes de momentos decisivos;
- Aprender a lidar com a frustração e desanimo, resultante de resultados abaixo do esperado;
- Conseguir reprogramar o seu cérebro, usando a imaginação;
- Aprender a lidar com as emoções;
- Reconhecer os seus sentimentos e emoções;
- Estar consciente dos seus pensamentos negativos;
- Saber usar o inconsciente como aliado.
Às Simone’s Bile’s, a cada um e a todos, desejo que a vossa Saúde Mental seja sempre o imperativo… porque só com ela podem VIVER.
Rosana Sousa
Psicóloga e Hipnoterapeuta na Clínica de Saúde Mental HICOA