Nos 550 edifícios de habitação social da Invicta – muitos deles construídos há mais de 50 anos – moram cerca de 30 mil pessoas distribuídas por 48 bairros da cidade. Para Aníbal Costa, do Departamento de Engenharia Civil da UA, “ao longo dos anos, a construção de novos edifícios de habitação sobrepôs-se à manutenção dos edifícios” já construídos. A prioridade dos trabalhos vai para fachadas, vãos envidraçados e coberturas de edifícios, muitos deles “novos ou já reabilitados, mas que já se encontram com sinais de degradação”, refere o estudo feito.
O entendido considera que o facto de não serem aplicadas medidas de manutenção nos edifícios só contribui para uma aceleração na degradação de materiais, chegando-se rapidamente a um estado tal que implica a aplicação de ações de manutenção corretiva ou mesmo a realização de obras de reabilitação que “envolvem verbas superiores às ações de manutenção preventiva”. O trabalho para a Domus Social prevê também qual o tipo de ação de manutenção corretiva necessária em cada edifício, para que os elementos voltem a um nível de conservação semelhante ao da sua construção.
O estudo dá também a conhecer o estado de conservação do edificado, fornecendo importantes pistas quanto à respetiva estratégia de manutenção. Segundo Aníbal Costa, “os cenários de investimento obtidos para a manutenção dos edifícios são uma ferramenta essencial para o apoio à gestão, planeamento e otimização da execução da manutenção”.
Segunda-feira 12 Outubro, 2015
Impedir a degradação da habitação social no Porto custa dez milhões de euros
Um estudo do Departamento de Engenharia Civil da Universidade de Aveiro (UA) para a Domus Social revela que são necessários cerca de dez milhões de euros para parar a degradação da habitação social no Porto.