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Imaginarius questiona teatro, arte e habitação

Imaginarius questiona teatro, arte e habitação

A companhia italiana Stalker Teatro apresenta até sábado, no festival Imaginarius, em Santa Maria da Feira, uma instalação em que o público interage com 300 barras de madeira numa reflexão sobre teatro, arte contemporânea e arquitetura.

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O projeto intitula-se “Steli”, vocacionado para famílias, e pretende levá-las a criar com paus coloridos “uma ambiciosa e despropositada construção efémera”, que, acompanhada por música, testará o espírito colaborativo dos participantes.
“É uma performance urbana, interativa e com um grande impacto visual, numa ponte entre a arte contemporânea e o teatro”, revelou, em entrevista à Lusa, o responsável pelo projeto, Stefano Bosco. “Constitui um ‘happening’ que questiona a vida, a habitação e a arquitetura nas cidades pós-industriais”, realça o italiano.

A instalação artística
A instalação irá ganhar forma no largo do Rossio, onde se concentram as propostas do Imaginarius dirigidas ao público infantil, e o objetivo da companhia é avaliar o alcance da intervenção artística quando explorada em contexto social, com recurso a ferramentas de arte contemporânea e ao trabalho com os habitantes do próprio território.

O projeto
“O ponto de partida da investigação que fizemos [para ‘Steli’] foi uma reflexão sobre obras de arte da herança contemporânea mundial, como as de Joseph Kosuth, Michelangelo Pistoletto, Christian Boltanski, Jannis Kournellis ou Goshka Macuga”, refere Stefano Bosco.
O coletivo que integra o núcleo do Stalker Teatro vem trabalhando em conjunto desde 1975, quando se formou na Academia de Belas Artes de Turim em reação ao que Stefano Bosco define como “o apogeu do tumulto cultural e político”, que se vive em Itália no período pós-1968.
“Isso deixou uma marca duradoura no trabalho da companhia, que se distingue por um forte compromisso com a experimentação artística em situações sociais particularmente sensíveis e desafiadoras”, admite o responsável por “Steli”.
“Um pouco por toda a Europa e para além dela, o que esta metodologia nos tem permitido, portanto, é envolver nos preparativos de eventos de larga escala centenas de cidadãos sem experiência prévia em produção artística e oriundos de diferentes backgrounds sociais – o que dissemina o uso de ferramentas artísticas pela população, mesmo aquelas com menos oportunidades”, conclui o italiano.
O Imaginarius – Festival Internacional de Artes de Rua de Santa Maria da Feira decorre até sábado à noite no centro histórico dessa cidade.
Para a sua 17.ª edição, propõe 41 espetáculos e instalações no espaço público, num total de mais de 140 apresentações por 400 artistas de 49 companhias e 13 países.

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