Em declarações à Lusa, o presidente da Associação Portuguesa de Hotelaria Restauração e Turismo (APHORT), Rodrigo Pinto Barros, explicou que os proprietários dos hostels estão a perder dinheiro, sentindo, portanto, a “necessidade de vender o seu imóvel”. Nos últimos cinco anos, a cidade do Porto assistiu a um “boom” de hostels, contando hoje com cerca de 30 unidades hoteleiras do género e seis novos pedidos diários na câmara municipal. Contudo, notou o responsável, a “abertura desenfreada” não está a acompanhar a procura, razão pela qual os estabelecimentos estão a ser postos à venda. O Invictus hostel e o Tattva Design Hostel, que abriu há quatro meses, são exemplos de espaços disponíveis para comercialização na internet por 135 mil euros e 3,1 milhões de euros, respetivamente.
Rodrigo Pinto Barros defendeu ainda que muitos hostels estão a ser vendidos pelo facto de os proprietários não pertencerem ao ramo hoteleiro e não terem formação e qualificações necessárias à promoção do espaço num mercado concorrencial. “Não é só abrir. Tem que haver qualificação e promoção, porque a oferta é muito maior do que a procura”, sublinhou o presidente da APHORT.
