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Hospital de São João vai fazer tudo para melhorar serviço de pediatria

Hospital de São João vai fazer tudo para melhorar serviço de pediatria

Em causa estão as queixas que dão conta da falta de condições em que crianças com doença oncológica recebem tratamentos no Hospital de São João.

Segundo o Jornal de Notícias, há crianças a receber tratamento de quimioterapia nos corredores do Hospital de São João, no Porto. As falhas estendem-se à unidade do Joãozinho, para onde as crianças são encaminhadas quando têm de ser internadas, e que funciona há quase dez anos em contentores, fora do edifício central do hospital.

Na sequência desta notícia, o presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar São João, António Oliveira e Silva, garantiu esta terça-feira que tudo o que estiver ao alcance para melhorar a situação no serviço de pediatria do hospital será feito e de forma imediata.

O responsável sublinhou que “há um protocolo assinado” com o Governo no sentido de serem desbloqueadas verbas para a realização de obras naquele espaço que “está há 10 anos em instalações provisórias”.

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“Já há muito tempo que vínhamos a denunciar publicamente as condições em que fazemos a totalidade do atendimento pediátrico, e não só, e o tratamento de quimioterapia”, referiu António Oliveira e Silva, recordando o protocolo assinado com a ARS Norte e ACSS, precisamente no Dia da Criança no ano passado, no sentido de serem desbloqueadas verbas para a construção do projeto global do Centro Hospitalar Pediátrico.

“Estamos a aguardar que sejam desbloqueadas as verbas”, explicou António Oliveira e Silva, garantindo que “em tudo o que não depende” disso, “estão a ser feitas coisas”. Já a partir de 15 de junho fica disponibilizado um centro ambulatório novo para tudo o que diga respeito à pediatria. A par disso, “foram montados quartos de isolamento naquele internamento que continuo a qualificar de indigno”, disse o responsável.

“Mas o que nós precisamos é que sejam desbloqueadas verbas [de cerca de 22 milhões de euros], que já nos foram prometidas”, reiterou. “O ministro sempre nos garantiu que as verbas estavam disponíveis, que estavam à espera de um desbloqueio, que presumo que seja por parte do Ministério das Finanças”.

O Ministério da Saúde disse já que as verbas seriam disponibilizadas em breve, mas António Oliveira e Silva disse não ficar descansado. “Ando a ouvir essa resposta há mais de três meses”, disse.

Em declarações ao Notícias ao Minuto, o Bastonário da Ordem dos Médicos disse que esta é mais uma “situação grave” que o Ministério da Saúde tem para resolver. “O ministro [Adalberto Campos Fernandes] não pode continuar a refugiar-se no ministro das Finanças”, afirmou Miguel Guimarães, frisando ainda que o responsável pela pasta da Saúde não pode andar a dizer que “somos todos Centeno, enquanto as pessoas estão em sofrimento”.

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