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Hospital de São João requer um heliporto novamente

Hospital de São João requer um heliporto novamente

Como principal objetivo o de encurtar os tempos de resposta a doentes graves ou politraumatizados e assim salvar o maior número de vidas possível, o hospital de São João, no Porto, quer voltar a ter um heliporto.

Este projeto já foi aprovado, no entanto escassa o financiamento que deverá chegar por parte de fundos europeus.

Os presidentes das câmaras municipais do Porto, Maia e Valongo assinaram uma carta dirigida ao ministro do Planeamento, ao ministro das Infraestruturas e ao presidente da CCDR-N onde reclamam o papel do Estado para tornar a valência uma realidade.

Neste momento, sempre que um doente necessitahelitransporte a partir de qualquer zona do país, é direcionado o Hospital Pedro Hispano, em Matosinhos, e daí, reconduzido em ambulância até à unidade na cidade do Porto.

Fernando Araújo, presidente do Conselho de Administração do Hospital de São João sublinha que “o socorro torna-se mais difícil e mais demorado e há doentes nos quais o tempo é um fator limitativo do ponto de vista da recuperação e da própria morbilidade e mortalidade”.

Há cerca de 20 anos, a unidade unidade tinha um heliporto, no entanto o equipamento foi desativado por questões técnicas e requisitos legais.

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O presidente do Conselho de Administração do Hospital de São João refere a importância deste serviço “para conseguirmos rentabilizar todo o esforço que foi feito na criação de heliportos noutros pontos do país, nomeadamente no interior, e na excelente frota que o INEM possui de helicópteros”, e ainda acrescenta que “trata-se de um projeto emblemático e estruturante não para o hospital, mas para a região”.

Aquando a questão do financiamento estiver resolvida, o projeto desenvolvido com a Autoridade Nacional da Aviação (ANAC), ficará pronto em seis meses, dado que já ficou aprovado o concurso público para a sua execução.

Rui Moreira, presidente da Câmara do Porto, António Silva Tiago, autarca da Maia, e José Manuel Ribeiro, presidente da Câmara de Valongo, assinaram uma carta dirigida ao Governo Português que dê autorização à CCDR-N para que inclua o projeto do heliporto – no valor de cerca de 1,4 milhões de euros – no pacote do fundo do Portugal 2020.

Em nome dos três municípios, Rui Moreira lembrou que “o papel das autarquias nesta matéria é, acima de tudo, ajudar a persuadir o Governo” e que “este hospital tem uma maior predominância nestas três autarquias”.

“Sabemos que a taxa de execução do Portugal 2020 está longe de ser consumida”, afirma o autarca. No entanto, Porto, Maia e Valongo assumem a disponibilidade de “compartir entre si a componente nacional se for o caso disso”, fatia que rondará os 15 a 20% do financiamento. “Não é por falta da componente nacional que isto não se faz”, acredita Rui Moreira. “Esta é uma situação urgente e as pessoas compreendem facilmente a importância de um equipamento desta natureza”, concluiu.

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