“Tendo em conta o atual contexto de pandemia SARS-CoV-2, o Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSJ) decidiu realizar rastreio sistemático a todos os doentes que sejam internados, de forma programada ou urgente”, informou a instituição de saúde, em comunicado enviado às redações, dando conta de que “a decisão, de carácter excecional, foi tomada dado o risco associado ao eventual contágio de doentes e profissionais por utentes eventualmente infetados, embora assintomáticos”.
No entanto, alerta, “esta abordagem não substitui ou reduz o nível de segurança e a necessidade do uso de equipamento de proteção individual, de acordo com as normas estabelecidas pela UPCIRA, nem as exigências em termos de práticas, que garantam a defesa dos profissionais e dos restantes utentes”.
Segundo as medidas anunciadas, o rastreio dos doentes admitidos (exceto para cirurgia), através do Serviço de Urgência (SU), será feito “no momento em que se decida a admissão a internamento”, pelo que a colheita “deverá ser realizada em sala específica no Serviço de Urgência de Adultos e Pediátrico”.
“Estes testes devem ser considerados prioritários e o seu resultado imediatamente comunicado de modo a ser promovida transferência do doente para o serviço adequado”, sublinha o São João.
No que respeita aos “doentes admitidos para cirurgia, através do Serviço de Urgência Doentes internados pelo SU para cirurgia urgente” efetuam o rastreio em sala específica daquele serviço, sendo que “se a cirurgia não puder ser protelada para aguardar resultado de rastreio, devem ser tomadas as precauções preconizadas pela UPCIRA para doente com suspeita de covid-19”. “Se a cirurgia puder aguardar resultado do rastreio, devem ser internados no respetivo serviço, mas ficarão fisicamente em enfermaria própria para o efeito, no piso 5, até à cirurgia”.
“Nos doentes em que o resultado pré-cirúrgico seja positivo, a cirurgia deverá decorrer em sala específica covid-19 do Bloco Operatório e ficarão depois da cirurgia internados em área dedicada”.
Relativamente a “doentes transferidos de outros hospitais, que não realizaram teste covid-19 na instituição de origem, passam a ser internados no respetivo serviço, mas ficarão fisicamente no Serviço de Otorrinolaringologia (com possibilidade de alargamento para o Serviço de Oftalmologia, quando tal for justificado) nos casos não cirúrgicos, ou em enfermaria própria para o efeito, no piso 5 nos casos cirúrgicos, até se saber o resultado do teste”.
Por sua vez, os doentes não cirúrgicos admitidos de forma programada, deverão “realizar rastreio no CAM antes da admissão”. “Os doentes que à hora de fecho do CAM não têm ainda resultado, deverão ser internados no respetivo serviço, mas fi carão fisicamente no Serviço de Otorrinolaringologia (com possibilidade de alargamento para o Serviço de Oftalmologia, quando tal for justificado)”.
As medidas, que entraram em vigor às 8h00 de domingo, dia 29 de março, preveem ainda a realização de testes a “doentes admitidos para o Serviço de Medicina Intensiva”, “doentes admitidos para unidades especificas (Unidades Coronária, AVC, Queimados)”, “doentes da área pediátrica” e “doentes da área obstétrica”, sob condições específicas.
