
A recente associação afirma em comunicado que a “Associação dos Moradores e Amigos (AMA) Foz Velha visa colmatar uma lacuna associativa numa zona que merece proteção especial pela Portaria 323/2013, que classificou a Foz Velha como conjunto de interesse publico, e que tem sido objeto de agressão urbanística e algum esquecimento por parte da Câmara do Porto em zona deve de ser tratada com punhos de renda”.
Para a AMA, “foi com enorme preocupação que os moradores da Foz Velha foram confrontados com a intenção desta Câmara de fazer aprovar em zona muito sensível, onde existe um dos últimos jardins interiores, uma colossal estrutura de serviços com mais de 16.000 m2 com entrada para a rua do Montebelo e colidindo com o aqueduto do século XVII ali existente.”
A associação defende, ainda, que a “pressão para as redes viária e estrutural será insuportável”.
A AMA Foz Velha promete que “estará atenta a estas e todas as outras construções e diligências que colidam com a lei e com a identidade única” da zona, e pretende posicionar-se “como organização dialogante com moradores, empresas, Câmara Municipal do Porto, a Junta de Freguesia e todas as entidades que pretendam melhorar e salvaguardar o património único que é a Foz Velha”.
A 14 de abril, um grupo de moradores da Foz Velha acusou a Câmara do Porto de “violar” a portaria de proteção daquela zona classificada ao autorizar a instalação de “comércio e serviços” num prédio de 15 metros de altura.
Na ocasião, a autarquia garantiu não existirem mudanças relativamente “à edificabilidade aprovada em 2008” e assegurou que as alterações viabilizadas são “totalmente enquadráveis no Plano Diretor Municipal (PDM) em vigor e tiveram um parecer prévio favorável por parte da Direção Geral de Património Cultural”.