Em Campanhã, terá de ser demolida a Quinta do Mitra. Recorde-se que a mesma foi reabilitada pela Câmara do Porto, há mais de 1 ano, num investimento de 1,2 milhões de euros, no entanto, a sua demolição é necessária por causa da linha de alta velocidade.
Quem o avançou foi o próprio município portuense, esta segunda-feira, dia 16 de dezembro. De acordo com o JN, a Infraestruturas de Portugal (IP) deu conta à Câmara do Porto que a sua manutenção seria impossível.
Como refere a mesma fonte de informação, o que o impossibilita é a ligação da linha de alta velocidade, que une o Porto a Vigo. Esta ligação deverá ser visível já em 2032. Pelo caminho, esperam-se mais quatro estações: Aeroporto Francisco Sá Carneiro, Braga, Ponte de Lima e Valença.
Nesta fase, a autarquia está ainda a estudar “possibilidades com vista à ocupação” do edifício, que se espera que vá acolher serviços municipais. Vale a pena referir que a obra de reabilitação, feita em maio de 2023, manteve a estrutura dos espaços interiores e criou uma espécie de mini-auditório, com “uma grande claraboia que enfatiza a teatralidade do espaço e a sua memória”.
Ao que tudo indica, a primeira fase das obras da linha de alta velocidade em Portugal, entre Porto e Soure, vão ficar prontas em 2030. Já a segunda fase, entre Soure e Carregado, deverá ficar pronta até ao ano de 2032, assegurando assim a ligação a Lisboa através da Linha do Norte.
Há outras estações que também irão receber a alta velocidade, como Santo Ovídio (Gaia), Aveiro, Coimbra, Leiria e Lisboa.
Foto: GO Porto