
O Jardim Paulo Vallada está a ser alvo de uma transformação para melhorar a gestão das águas pluviais. A Câmara do Porto, através da empresa municipal Águas e Energia do Porto, está a executar um projeto que visa tornar este espaço num modelo de drenagem sustentável, minimizando os impactos das alterações climáticas.
Tal como refere a autarquia portuense, na sua página oficial, o investimento, de 500 mil euros, tem conclusão prevista para abril. Localizado entre a Avenida Fernão de Magalhães e a Rua de Santos Pousada, este jardim cobre um curso de água subterrâneo que esteve na origem das inundações de janeiro de 2023.
A ribeira do Poço das Patas, que percorre uma área de cerca de 1,6 km² e cruza várias ruas do Bonfim, contribui para o chamado efeito cascata nas Fontaínhas durante períodos de precipitação intensa.




A intervenção prevê a criação de cinco bacias de retenção, incluindo o rebaixamento do campo de futebol, para armazenar temporariamente grandes volumes de água da chuva.
Este mecanismo ajudará a reduzir a força do fluxo hídrico, prevenindo inundações ao longo do percurso da ribeira e atenuando o impacto da água na sua chegada ao Douro, na zona da Avenida Gustavo Eiffel.
Além disso, a renovação do espaço trará melhorias nos equipamentos do jardim. O campo de jogos contará com uma nova bancada natural, novas balizas, tabelas de basquetebol e um pavimento em betão poroso, que facilita a drenagem e exige pouca manutenção, resistindo melhor à acumulação de água.
Esta obra insere-se no Plano de Valorização e Reabilitação das Linhas de Água do Município do Porto (PVRLA) e segue a mesma abordagem aplicada noutros projetos da cidade, como o Parque da Asprela, na zona universitária. Durante a execução dos trabalhos, haverá restrições temporárias ao trânsito nas imediações.