As fundações para a nova travessia do metro entre Porto e Gaia já são visíveis em ambas as margens do rio Douro. Sete pilares irão sustentar a ponte, que será dedicada ao metro, peões e bicicletas. Junto à Faculdade de Arquitetura, na Via Panorâmica, estruturas de ferro estão prontas para ser cimentadas, o que deverá acontecer até ao final do dia, de acordo com o JN.
O diretor de projetos da Empresa do Metro, Victor Silva, confirmou ao JN que a construção está a progredir dentro do previsto. Esta travessia será essencial para a nova ligação entre a Casa da Música, no Porto, e Santo Ovídio, em Gaia. A próxima fase será a elevação dos pilares definitivos que suportarão o tabuleiro da ponte, cujo vão principal terá 428,6 metros de extensão.
Os trabalhos mais complexos têm ocorrido em terrenos sensíveis, como o antigo posto da Repsol e a encosta de Gaia, onde foram encontrados vestígios arqueológicos. Apoios provisórios serão colocados no rio, mas essa etapa deverá iniciar-se apenas no próximo ano, após aprovação da Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo.
Enquanto isso, a Via Panorâmica ainda aguarda autorização para o desvio de trânsito necessário para continuar as obras. A Câmara do Porto não autorizou o corte de circulação previsto para hoje, mas a Metro já iniciou os preparativos para quando a autorização for concedida.
A nova Linha Rubi terá 6,3 quilómetros de extensão, oito estações, dois túneis e uma nova ponte sobre o Douro. O projeto, avaliado em 435 milhões de euros e financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência, deverá estar concluído até dezembro de 2026. Além da infraestrutura, será construída uma nova praça na Rua do Ouro e um parque urbano em Gaia. Painéis solares serão instalados na ponte, entre as faixas de circulação do metro, e uma nova estação será integrada num edifício da Universidade do Porto.