Para assinalar a partida para mais uma missão humanitária em Mossul, cidade iraquiana que até há pouco tempo esteve sob o jugo do Daesh, o médico e voluntário dos Médicos Sem Fronteiras Gustavo Carona lançou o desafio nas redes sociais: “Escrevam o que vos vai na alma!”. E obteve cerca de 250 mensagens “que pretendem dar voz a quem quer dar esperança”. Destas resultaram “1001 Cartas para Mossul”, que o antigo estudante da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) vai levar até ao Iraque ainda este ano. Antes, a obra será apresentada na Reitoria da Universidade do Porto (U.Porto), já esta quinta-feira, dia 20 de julho, numa sessão de entrada livre.
“Depois de seis missões em alguns dos cenários mais complexos da atualidade e que o levaram a ‘reflexões constantes sobre o que fazer para aproximar os mundos’, foi na véspera de partir para mais uma missão que Gustavo decidiu levar consigo ‘todos os que acreditam que vale a pena lutar por um mundo melhor’”, contextualiza o portal de notícias da U.Porto. Daí resultou “1001 Cartas para Mossul”, uma obra escrita a várias vozes, onde não faltam “mensagens de uma grande profundidade emotiva que agitaram, provocaram e inquietaram quem as escreveu. Fala-se de sonhos, de perdão, de esperança, de impotência, de gratidão, de distância e aproximação, e, acima de tudo, de humanidade e amor”.
As receitas do livro, que está editado em português, inglês e árabe, reverterão a favor dos MSF (Médicos Sem Fronteiras) e da PAR (Plataforma de Apoio aos Refugiados).
A apresentação da obra, marcada para as 21h, será feita por Domingos Andrade, diretor executivo do Jornal de Notícias. Para além do autor, a sessão contará ainda com a presença de Rui Marques, responsável pela PAR – Plataforma de Apoio aos Refugiados e autor de um dos prefácios do livro, e dos professores Carlos Brito e Fontes de Carvalho, em representação da equipa reitoral da U.Porto.
