“O Grupo de Ação Local propõe a criação de um fundo de desenvolvimento urbano em Portugal à semelhança do que se passa noutros países”, declarou o presidente do Conselho de Administração da Porto Vivo, Álvaro Santos, acrescentando que este fundo seria financiado em parte pelos fundos comunitários e uma outra parte pela banca comercial.
Segundo o responsável, este fundo destinar-se-ia a “apoiar iniciativas, públicas ou privadas, em espaço urbano e concretamente projetos de reabilitação urbana”.”Estes fundos de desenvolvimento urbano têm o mérito de alavancar investimento privado e da banca numa proporção que pode ir de três a cinco vezes”, afirmou.
O grupo pretende apresentar a proposta ao Governo até fevereiro de 2015, sendo que a tipologia de investimento a ser abrangida por este fundo está ainda a ser definida, mas Álvaro Santos admitiu que “possa haver um apoio ao pequeno investidor” para que não sejam abarcados somente os grandes projetos.
“Se nós conseguirmos apontar aqui um caminho às entidades competentes, nomeadamente às governamentais, que vão ter à sua disposição a gestão dos fundos comunitários, acho que estamos a dar um contributo para que a reabilitação urbana possa ser muito mais intensificada nos próximos anos”, salientou.
O Grupo de Ação Local é uma rede de parceiros que a Porto Vivo dinamiza e coordena no âmbito do projeto europeu o CSI Europe, onde participa conjuntamente com mais nove cidades europeias.
Este grupo, de âmbito nacional, reúne cerca de 20 parceiros, entre os quais a Câmara do Porto, a Universidade do Porto, Fundação de Serralves, a Santa Casa da Misericórdia e a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N).