Na segunda-feira, 12 de agosto, dos cerca de 360 autocarros da STCP previstos para operar, apenas 33 saíram, refletindo uma adesão de 85% à greve convocada pelo STRUN. A greve foi motivada pela insatisfação com o aumento salarial de 4,7% proposto pela STCP, quando o sindicato reivindica uma subida de 8%, além de contestar alterações nos requisitos de progressão salarial e na avaliação de desempenho dos motoristas. A STCP defende que a sua proposta inclui todas as medidas possíveis para manter a sustentabilidade da empresa, incluindo uma reorganização dos tempos de trabalho para garantir duas folgas semanais.
De acordo com o JN, o STRUN anunciou que, caso não se chegue a acordo, uma nova greve será iniciada a 16 de setembro, prolongando-se por 60 dias com paralisações nas primeiras cinco horas de cada turno. Eduardo Ribeiro, dirigente do sindicato, justifica a elevada adesão com o descontentamento generalizado entre os trabalhadores, resultando em longas esperas para os passageiros na Baixa do Porto. Embora o STRUN represente apenas 11% dos funcionários, a maioria aderiu à paralisação, destacando a gravidade da situação.
A administração da STCP é criticada pelo sindicato por impor serviços mínimos superiores aos decretados pelo CES, confundindo os decretos de duas greves em curso. A empresa, no entanto, justifica a medida como uma tentativa de combater o alto índice de absentismo, e rejeita a acusação de retirar direitos, destacando que a nova política de não reembolso nos primeiros três dias de ausência por auto declaração de doença visa melhorar o desempenho dos trabalhadores.
