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Greve da EMEF pode parar linhas do metro do Porto

Greve da EMEF pode parar linhas do metro do Porto

A Metro do Porto admitiu encerrar algumas linhas caso a greve dos trabalhadores da Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário “não venha entretanto a ser desconvocada”.

O serviço de metro das linhas do Aeroporto, Matosinhos e Gondomar poderá ser interrompido para a semana, devido ao reduzido número de veículos disponíveis, em consequência de uma greve parcial na Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário (EMEF), que poderá agravar-se até ao final do mês.

Segundo o Jornal de Notícias, a supressão daqueles itinerários – na linha do Aeroporto, já na segunda-feira, e as outras duas, ao longo da semana – é um dos vários cenários sobre a mesa da Administração da Metro do Porto. Segundo a assessoria de imprensa da empresa, em linhas como a de Fânzeres já se verificam tempos de espera superiores a meia hora – o dobro do normal. Os principais afetados serão os percursos mais longos e é até possível que a circulação da rede fique limitada ao tronco Estádio do Dragão/Senhora da Hora, disse fonte sindical ao JN.

Fonte oficial da Metro do Porto assegurou esta sexta-feira à agência Lusa que “embora não seja parte neste diferendo entre trabalhadores e a sua entidade patronal, a Metro do Porto fará tudo o que estiver ao seu alcance para assegurar a melhor capacidade e qualidade de serviço possíveis”.

A transportadora, acrescentou a fonte, “continuará nas próximas horas e dias a prestar e a atualizar toda a informação relativa às condições de funcionamento da sua rede”.

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O Sindicato Nacional dos Trabalhadores Ferroviários (STNF) já tinha alertado que a paralisação, de três horas por turno, afetaria toda a atividade de manutenção dos veículos da Metro do Porto.

Na segunda-feira, Paulo Milheiro, do SNTF, disse à Lusa que, por falta de manutenção, “dos 72 veículos existentes [no metro do Porto] estão a andar menos de 40”, sendo que, “no final do mês, provavelmente não haverá metro”.

“Os metros vão saindo de linha conforme as avarias e depois chegam às oficinas e não têm ninguém para fazer a manutenção”, explicou o dirigente sindical.

Naquele dia, fonte oficial da Metro do Porto confirmou à Lusa que a greve na EMEF “tem provocado impacto na operação” da empresa, mas disse que, “em termos de capacidade, tem sido possível responder à procura”. A frota da Metro do Porto é composta por 102 viaturas, 72 veículos do modelo “Eurotram” e 30 do modelo ‘tram train’, sendo que a paralisação nas oficinas do Norte da EMEF tem sobretudo afetado a operação atualmente em curso de revisão de frota dos 72 “Eurotram”, esclareceu a fonte.

De referir que os trabalhadores da EMEF lutam por uma atualização salarial de pelo menos 25 euros e do subsídio de turno em valores idênticos aos da CP.

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