“Temos de finalmente fazer uma preparação a três ciclos olímpicos. Vivemos um momento capital do que é que queremos para os próximos ciclos olímpicos, olhar para o Rio2016, mas também para o que vem depois”, afirmou o secretário de Estado do Desporto e Juventude, Alexandre Mestre, em entrevista à Lusa. O responsável salientou que é fundamental perceber o que se espera do desporto olímpico e paralímpico, não adiantando, no entanto, as verbas a disponibilizar para a sua preparação. “Sempre que há Jogos Olímpicos e Paralímpicos, chegamos ao final e há sempre aquele ‘amargo de boca’ de que poderíamos ter mais medalhas e diplomas, mas existe sempre uma convicção de que temos de aumentar a prática desportiva”, sublinhou.
Para Alexandre Mestre, existem em Portugal Centros de Alto Rendimento “manifestamente subaproveitados”, pelo que o Governo está a preparar um plano de gestão uniforme das infra-estruturas até agora inexistente. “É um modelo centralizado na Fundação do Desporto, aliado a um mecanismo de gestão local que junta câmaras, federações, comités olímpico e paralímpico, o tecido empresarial e universidades”, explicou.
O secretário de Estado recordou que em 2013 o orçamento para o desporto ronda os 37 milhões de euros, valor praticamente igual ao deste ano, sobretudo devido à poupança “de quase três milhões conseguida com a fusão entre os institutos do desporto e português da juventude”.