António Costa anunciou o encerramento de todos os estabelecimentos de ensino – do pré-escolar às universidades – a partir da próxima segunda-feira, dia 16 de março, como forma de tentar conter a pandemia de covid-19.
“Manda o princípio da prudência que determinemos desde já, a partir de segunda-feira, a suspensão de todas as atividades letivas presenciais até ao período da Páscoa. Faremos a reavaliação da medida a 9 de abril, para determinarmos o que fazer relativamente ao terceiro período”, disse em declarações ao país, na noite de quinta-feira, a partir da Residência Oficial de São Bento, em Lisboa.
O encerramento das escolas “não se deve ao facto de serem um local de contaminação e sim de serem um local de contacto que favorece a contaminação”. “Se se deslocar da escola para qualquer outro espaço, não estamos a combater a expansão da epidemia, estamos só a deslocalizar o espaço onde se desenvolve esta pandemia”, realçou.
Além desta medida, o primeiro-ministro decretou, também, o encerramento de discotecas e espaços similares, a proibição de desembarque dos navios de cruzeiro, a redução “em um terço” da lotação máxima dos restaurantes, a limitação “de frequência de centros comerciais e serviços públicos” e informou que, sendo os “idosos população particularmente vulnerável, a limitação de visitas a lares será alargada a todo o país.
No que respeita à proibição do desembarque dos navios de cruzeiro, António Costa alertou que estes poderão continuar a aportar para efeitos de reabastecimento, mas que apenas passageiros ou tripulantes portugueses poderão desembarcar.
“Devemos desejar o melhor, mas esperar pelo pior”, frisou, referindo que a pandemia está em “fase de evolução”.
O primeiro-ministro apelou, assim, à união do país, alertando que “a maior responsabilidade é cuidar do outro, desde logo tomando as medidas de higiene para evitar a contaminação” e limitar “ao máximo a circulação e o contacto pessoal”.