
O ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, reiterou esta quarta-feira que as obras de expansão dos metros do Porto e também de Lisboa arrancam “logo no ano de 2019”, num investimento de mais de 700 milhões de euros.
“As empreitadas para o Metro de Lisboa e do Porto serão lançadas logo no ano de 2019, num valor somado de mais de 700 milhões de euros”, afirmou João Pedro Matos Fernandes, no Parlamento, numa audição conjunta das comissões de Economia e de Ambiente, no âmbito da apreciação na especialidade da proposta de Orçamento do Estado para 2019.
O governante acrescentou que “já está concluído o estudo de impacte ambiental para o Metro de Lisboa” e que o do Porto “já está em curso”.
O ministro considera que estas “empresas de transportes públicos funcionam claramente cada vez melhor”, o que levou ao aumento de cerca de 5% dos passageiros nos primeiros nove meses do ano.
No que diz respeito ao metro do Porto, “estão em fase final de elaboração os projetos de execução da Linha Rosa e do prolongamento da Linha Amarela”, cujos concursos para as obras serão lançados no primeiro trimestre de 2019, indica nota explicativa enviada aos deputados, e disponível no ‘site’ do Parlamento.
A Linha Rosa será “totalmente subterrânea, com a extensão de 2,5 quilómetros e com quatro novas estações enterradas”. Já a Amarela terá “3,2 quilómetros e contemplará três novas estações”.
“Nos dois casos foram já obtidas as conformidades do EIA [estudo de impacte ambiental], estando já os processos em fase de consulta pública”, acrescenta.
Segundo o Governo, estas novas linhas no Porto “vão servir, diariamente, mais de 33 mil pessoas, cobrindo importantes polos de procura”, num investimento global “na ordem dos 307 milhões de euros”.
A este valor somam-se 56,1 milhões de euros em manutenção e compra de 18 novas carruagens para o Metro do Porto.
Relativamente ao metro de Lisboa, o Governo indica que “o projeto de prolongamento Rato/Cais do Sodré, com um prazo de execução previsto de 68 meses, e cuja obra se estima iniciar no decorrer do primeiro semestre de 2019, tem como objetivo primordial aumentar o número de passageiros, quer pela disponibilização do serviço a zonas densamente povoadas da cidade não abrangidas pela atual rede, […] quer pela melhoria da intraconectividade da rede”.
“Este investimento será executado até 2023 e terá um valor global estimado de 210,2 milhões de euros”, acrescenta o documento.
A este valor acresce a compra de 14 novas carruagens e de sistema de sinalização, num valor de 136,5 milhões de euros, “cujo concurso foi lançado em setembro de 2018”.
Na sua intervenção, João Pedro Matos Fernandes falou ainda no aumento dos apoios para a aquisição de carros elétricos, que passa de 2,7 milhões de euros este ano para cerca de três milhões de euros em 2019.
O ministro referiu-se ainda do programa Portugal Ciclável, no qual serão investidos 300 milhões de euros para “criar uma rede nacional de ciclovias não urbanas”.
Será, assim, “um plano pensado para todo o país e para as principias aglomerações”, bem como para “as cidades médias que estão próximas umas das outras e mesmo as que estão isoladas”, adiantou o ministro.