A EMEF, empresa responsável pela manutenção da frota da Metro do Porto desde a inauguração, tinha proposto a prorrogação do contrato com uma proposta que incluía uma redução dos custos entre 10% a 12%. Mas o secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro, deu orientações para que o acordo não se fizesse, decidindo que a manutenção dos veículos seja englobada no concurso internacional para a concessão da empresa pública, que o Governo pretende lançar ainda este mês e em conjunto com o da STCP.
Quadros da EMEF, trabalhadores e sindicatos acolheram com surpresa a decisão, uma vez que estava implícito, desde a inauguração do Metro do Porto, que seria a empresa do grupo CP a cuidar da manutenção e reparação da sua frota. Esse trabalho é feito nas oficinas da EMEF em Guifões, espaço cedido pela Refer por um período de 50 anos. A decisão do Governo de concessionar esses serviços a privados vai obrigar a anular este contrato entre as duas empresas públicas (Refer e EMEF) para depois, eventualmente, se assinar outro com quem ganhar a concessão.
Na operação da Metro do Porto, a EMEF emprega 60 pessoas cujo destino é agora incerto, nomeadamente se o concurso público para a manutenção dos veículos não definir que estes trabalhadores transitam para o futuro concessionário.