“Este programa pretende ser uma resposta de apoio a famílias de classe média e média baixa, nomeadamente aqueles casais em que um ou os dois cônjuges ficaram desempregados. Queremos apoiar aquelas famílias que por norma não estão no circuito habitual de apoios sociais”, disse à agência Lusa o presidente da câmara de Gondomar, Marco Martins.
As candidaturas decorrem de 01 a 03 de junho e a autarquia estima que até ao final de agosto sejam conhecidos os resultados desta segunda fase do programa.
No primeiro semestre de 2015, a primeira fase do “+ Habitação” ajudou 219 famílias e, tendo em conta que o apoio tem a duração de meio ano, foram despendidos mais de 103 mil euros.
A média do valor apoiado por agregado familiar com renda (81% do total) rondou os 80 euros, e a média para os pedidos para a vertente de crédito habitação (restantes 19%) ultrapassou os 73 euros.
Para o programa “+ Habitação”, a autarquia alocou, para este ano, 300 mil euros, sendo que quem é beneficiado num semestre, não deve candidatar-se no seguinte.
Segundo Marco Martins, “infelizmente a conjuntura económico-social não melhorou. A expectativa é de que aumente a procura na segunda fase [do programa]. O objetivo é abranger o máximo de pessoas, mas não criar uma subsidiodependência. O ideal é que fosse um apoio pontual e que a meio do programa as famílias conseguissem dar a volta à situação em que se encontram”.
O autarca disse também acreditar que a tendência do maior número de pessoas que solicita apoio para a renda face às que solicitam para a prestação ao banco “se venha a inverter”.
Marco Martins salientou ainda o facto de que “as listas que são publicadas não revelam os nomes das pessoas que são apoiadas”.
“Queremos com isto também dar uma palavra, uma mensagem, aos gondomarenses de que estamos cá para apoiar e não têm de ter vergonha em pedir. O objetivo é minimizar os efeitos da chamada pobreza escondida”, disse.
Relativamente à primeira fase do “+ Habitação”, a maior parte dos agregados familiares que recorreu ao programa vive em Rio Tinto, seguindo-se S. Cosme, Fânzeres e Valbom. Quanto à situação profissional das pessoas que solicitaram ajuda, 42% estão em situação de desemprego e 29% disse ser estudante, enquanto os restantes 29% são pensionistas, domésticos ou em situação de incapacidade, entre outros fatores.
A maior parte dos beneficiários (23%) apontou ter o 9.º ano de escolaridade, sendo que com o 4.º ano foram 18% os inscritos.
Terça-feira 26 Maio, 2015
Gondomar lança 2ª fase do programa “+ Habitação”
As candidaturas à segunda fase do programa que visa apoiar as famílias de Gondomar com o pagamento até 30% das despesas com a renda da casa ou com a prestação bancária decorrem de 01 a 03 de junho.