
Gilberto Igrejas, professor de Genética na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), é o novo presidente do Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP), substituindo no cargo Manuel Cabral. O novo responsável entrou esta quarta-feira em funções.
Havia três candidatos ao lugar: Gilberto Igrejas, Mário Sousa (antigo presidente do Centro de Estudos Vitivinícolas do Douro) e Manuel Cabral (presidente do IVDP entre 2011 e 2018). Apesar de todos terem tido o aval da Cresap – Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública, a escolha acabou por recair por Gilberto Igrejas.
Gilberto Igrejas é licenciado em Biologia-Geologia (1993), mestre em Recursos Genéticos e Melhoramento de Espécies Agrícolas e Florestais (1997) e doutorado (2001) em Genética e Biotecnologia pela UTAD, tendo desenvolvido trabalho de investigação no Institut National de la Recherche Agronomique (Clermont-Ferrand) em França. Detém também uma pós-graduação em Medicina Legal no Instituto Nacional de Medicina Legal – Delegação do Porto e Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (2002). Atualmente, além de professor no departamento de genética da UTAD, é coordenador do Grupo de Fenómica Funcional e Proteómica e membro integrado da UCIBIO-REQUIMTE, da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, e “desenvolve trabalho de investigação centrado na utilização de ferramentas ómicas, em particular da genómica e proteómica, ao nível da genética molecular e biotecnologia de diversas espécies vegetais, animais e microbianas”, pode ler-se no currículo publicado na página de internet da UTAD.
No que se refere à produção científica, “tem publicados mais de 130 artigos, 12 capítulos em livros, 18 comunicações orais por convite, 40 comunicações orais, cerca de 250 comunicações em reuniões científicas, 11 publicações no GeneBank, 8 publicações na Uniprot, 14 registos no MLST, 13 artigos em revistas técnicas e científicas e 10 séries pedagógicas”.
Recorde-se que o IVDP é o organismo responsável pela proteção e defesa das denominações de origem Douro e Porto, assegurando o controlo da qualidade, através da certificação dos vinhos, regulamentando o processo produtivo, e promovendo a imagem de prestígio internacional das duas denominações.