No dia em que completou 90 anos, Germano Silva apresentou o seu mais recente livro “Porto: As Histórias que Faltavam”. A apresentação aconteceu na quarta-feira, 13 de outubro, na Biblioteca Municipal Almeida Garrett.
Germano Silva começa o novo livro com recordações e com nostalgia: “com um trabalho inédito em que evocasse o ambiente do Porto em 1931”. “O ano em que nasci, no dia 13 de outubro, na freguesia de São Martinho de Recezinhos, do concelho de Penafiel. Nesse mesmo ano, com apenas alguns meses de vida, cheguei ao Porto, nos braços da minha mãe, e por cá fui ficando, e aqui deitei raízes e produzi frutos”, pode ler-se na introdução da obra.
Esta nova peça literária foi escrita a pensar “nos leitores apressados da imprensa diária, na sua maioria, pouco dados a assuntos da História, em geral, e muito menos da do Porto, em particular”. E congratula-se: “As crónicas ‘À descoberta do Porto’ tinham um único objetivo: ensinar sem causar enfado. E o grande apreço dos leitores, expresso inúmeras vezes ao autor das crónicas pelos modernos meios de comunicação, confirmam que aquele objetivo foi plenamente atingido.”
O livro, editado pela Porto Editora, retrata as “histórias que faltavam” de uma cidade que tem ao seu dispor um vasto arquivo adquirido pelo autor ao longo de mais de 70 anos. Germano Silva doou cerca de mil documentos sobre o Porto ao Arquivo Histórico Municipal do Porto, na Casa do Infante.
Este ato de generosidade é destacado pelo jornalista Miguel Carvalho, no prefácio a “Porto: As Histórias que Faltavam”, notando tratar-se de mais uma prova de “amor incondicional ao Porto” por parte de Germano Silva: “Legou aos arquivos da cidade – ou seja, a todos nós e às gerações vindouras – setenta anos de trabalho, preservados através de centenas de documentos históricos, gesto de orgulho, de partilha e de reciprocidade pela cidade a que chama casa”.
