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Geração XXI inicia reavaliação de mais de 8 mil adolescentes do Grande Porto

Geração XXI inicia reavaliação de mais de 8 mil adolescentes do Grande Porto

A Geração XXI é uma coorte (estudo longitudinal) de recém-nascidos acompanhados pelos investigadores do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP) desde 2005.

Refira-se  que este estudo único permite investigar e compreender a saúde, o crescimento e o desenvolvimento de mais de 8.600 crianças que nasceram nas maternidades públicas da área metropolitana do Porto, e que estão agora a completar 13 anos. Conhecida como a “Coorte das Crianças”, a Geração XXI entrou na adolescência.

Esta coorte de nascimentos, coordenada pelo presidente do ISPUP, Henrique Barros, é um dos maiores estudos longitudinais da Europa e o único deste tipo alguma vez realizado em Portugal.

Apresenta como objetivo “caracterizar o estado de saúde na infância, na adolescência e, mais tarde, na idade adulta, de modo a compreender os processos de construção da saúde até à maturidade biológica e, mais no geral, a biologia e a sociologia do envelhecimento, o qual começa desde o nascimento”, revela nota enviada às redações. Através do estudo desta grande e variada amostra de crianças e do apoio das respetivas famílias, produz-se conhecimento indispensável para retratar a realidade da saúde em Portugal, projetar o seu futuro e, especialmente, fornecem-se as bases científicas para decisões nas políticas de saúde.

Desde o nascimento, os participantes que vivem nos concelhos do Porto, Vila Nova de Gaia, Matosinhos, Maia, Valongo e Gondomar, foram sendo seguidos em vários momentos da vida: aos 6, 15 e 24 meses e aos 4, 7 e 10 anos de idade.

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A nova avaliação da coorte iniciou em agosto, numa altura em que os participantes começaram a chegar aos 13 anos, havendo agora a possibilidade de conhecer um novo período da sua vida marcado por alterações físicas e comportamentais próprias da adolescência.

Esta avaliação vem dar continuidade a sólidas linhas de investigação, ativamente prosseguidas desde a criação do projeto, como sejam “os determinantes do crescimento saudável, a epidemiologia da obesidade, os padrões de curso de vida do metabolismo e da alimentação. Existe também uma grande atenção à saúde respiratória e abriram-se novas linhas de pesquisa, como o estudo da reação à dor crónica em crianças”.

Além de muitos exames tradicionalmente presentes em consultas de rotina, mas muitas vezes realizados com maior sofisticação, é também solicitado o preenchimento de um questionário extenso sobre alimentação e outros comportamentos, como consumos de tabaco ou de álcool, ou diferentes aspetos psicossociais.

Espera-se, assim, com esta avaliação, conhecer marcadores de risco que permitam prever o desenvolvimento de doenças na vida adulta ou a adoção de comportamentos que as venham a condicionar. “O objetivo é pensar na perspetiva da promoção da saúde – como viver mais e melhor desde muito cedo – e da prevenção das doenças, começando no período da infância, o que se reflete, mais tarde, em ganhos de saúde ao longo da vida”, refere Henrique Barros.

A decorrer no edifício do Centro de Investigação Médica da Universidade do Porto, a avaliação irá estender-se por cerca de um ano e meio. A colaboração dos pais nesta etapa é fundamental.

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