
“Pela primeira vez, lançamos a programação anual da galeria com uma identidade própria. Quisemos dar um passo para autonomizar a galeria da biblioteca. Iniciámos o projeto em 2014, com a criação de um espaço dedicado às artes visuais contemporâneas, à arquitetura e ao ‘design’. Em dois anos recebemos 11 exposições e 150 mil visitantes. Consideramos que tinha maturidade suficiente ao nível dos públicos e da dinâmica cultural da cidade”, explicou Guilherme Blanc, adjunto do presidente da autarquia para a área da Cultura.
Em 2016, e com um orçamento previsto de 140 mil euros (deste valor, 100 mil estão a cargo da Fundação EDP, mecenas do projeto), a Galeria Municipal do Porto irá acolher cinco grandes exposições.
Esta quinta-feira é inaugurada a mostra “Habitar Portugal – Recensão Crítica. 2012 – 2014”, uma parceria com a Ordem dos Arquitetos , e que “resulta de uma seleção de 80 obras” que partem do mesmo tema: “Está a arquitetura sob resgate?”.
“É a quinta edição e a primeira vez que inaugura no Porto para depois itinerar pelo país”, revelou o responsável. A exposição estará patente até 25 de abril.
“P. – Uma homenagem a Paulo Cunha e Silva por extenso” é o nome do projeto de artes visuais comissariado por Miguel Von Hafe que inaugura a 12 de março para documentar o percurso do ex-vereador enquanto pensador e curador de arte ao longo dos últimos 25 anos. Esta exposição – que pode ser visitada até 22 de maio – é, segundo Guilherme Blanc, “a homenagem da Câmara” ao vereador. “Entendemos que este era o tempo e o espaço certos para a homenagem”, sublinhou.
De 3 de junho a 21 de agosto, a Galeria acolhe a exposição “PIGS”, uma coprodução com o Artium, Espaço de Arte Contemporânea (em Vitória, Pais Basco, Espanha) para refletir “sobre um país em crise e uma Europa austera”. A mostra reúne obras de “artistas muito relevantes” de Portugal, Itália, Grécia e Espanha.
A 3 de setembro, juntamente com a inauguração da Feira do Livro, nos jardins do Palácio de Cristal, a Galeria recebe a mostra “Tesouros da Biblioteca Pública”, onde ficará até 13 de novembro.
A temporada fecha com “Eyes Wide Open: 100 Anos de Fotografia Leica”, que traça um percurso que toca aspetos cruciais da prática e da teoria fotográfica. A exposição pode ser visitada de 25 de novembro a 5 de fevereiro de 2017.