A Câmara de Gaia anunciou que vai construir um desvio ao pórtico da A29 em Gulpilhares, que teve um impacto “miserável” no concelho, e que obrigou os moradores a recorrer, ao longo dos últimos cinco anos, a artérias secundárias, mais estreitas, sem alcatrão ou mesmo sinalização.
“Foi miserável, nós tivemos consequências porque, ao contrário do que o governo defendeu e aplicou numa série de municípios, a regra em Vila Nova de Gaia não passou por portajar vias que tinham alternativa, passou por portajar uma via que tinha sido construída em cima da antiga EN109”, apontou o presidente gaiense, Eduardo Vítor Rodrigues. De recordar que aquele pórtico entrou em funcionamento em 2010, e cobra taxas entre os 0,45 euros e 1,10 euros.
A freguesia de Gulpilhares foi uma das mais afetadas pelo movimento dos condutores que optam diariamente por artérias secundárias, em detrimento da concessão da Costa de Prata, ou A29, que liga o Porto a Estarreja.
A solução agora encontrada pela autarquia passa pela construção, no sentido norte-sul, de um desvio que una o troço ainda em funcionamento da EN109 à entrada da Rua das Ameixoeiras que liga à via rápida.
Para tal, está já em curso “uma expropriação amigável, com valores razoáveis de aquisição da parcela de terreno remanescente” (cerca de seis mil euros), estando também “programado para o Plano e Orçamento de 2016 o valor da obra que ascende a cerca de 125 mil euros”.
“Vamos mesmo avançar para a alternativa”, assegurou Vítor Rodrigues, que considera que “na via rápida possa haver portagem para pesados e quem faça o atravessamento metropolitano”, mas que tal situação “não faz sentido nenhum” para os moradores.
O presidente gaiense garantiu ainda que a obra será “rápida” e que deverá estar concluída “a meio do próximo ano”.