O presidente da autarquia de Vila Nova de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues, defendeu que, durante o primeiro ano de mandato, conseguiu uma redução de passivo “recorde no país”, assim como uma “desoneração fiscal dos cidadãos”, que deve ser encarada como um exemplo para o país. “Isto é quase uma combinação impossível, mas aconteceu em Gaia e deve ser valorizada”, realçou o socialista, que cumpre amanhã, terça-feira, o seu primeiro ano na liderança do município.
A Câmara de Gaia concluiu 2013 com uma dívida de 252,6 milhões de euros, sendo que o socialista conseguiu “uma redução de 32 milhões de passivo [o que] significa uma redução de 10% do valor global da dívida, incluindo empresas municipais, e uma redução de mais de 15% do passivo da câmara”. Segundo realçou o autarca, o maior objetivo é a “fuga” ao Fundo de Apoio Municipal (FAM), com a consolidação de contas da câmara e a estabilização de uma situação financeira explicada pelos “muitos anos de gestão de muitas exorbitâncias e coisas que ultrapassaram todos os limites”. Nesse sentido, surgiram os pedidos de auditoria às empresas municipais Águas de Gaia e Gaianima (a extinguir), que deverão estar concluídas até ao final do mês e que, no caso da empresa que geria equipamentos municipais ligados ao desporto e lazer, poderá trazer à luz do dia “um buraco muito importante para resolver”.
No próximo ano – e já a contar com o próximo Quadro Comunitário de Apoio (QCA) – Vítor Rodrigues está a projetar um volume de investimento que “poderá ultrapassar os 60 milhões de euros”, comparticipados em 10% a 15% pelo município, e que serão aplicados nas duas áreas que defende serem prioritárias: Ambiente/Douro e Emprego.
