
Em causa está uma intervenção em parte da zona marginal de 20 quilómetros que Vila Nova de Gaia tem junto ao rio Douro.
A obra no Areinho de Avintes vai desenvolver-se ao longo de nove meses, coincidindo com a época balnear mas, conforme garantiu o presidente da Câmara de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues, serão criadas condições para que o espaço continue a poder ser utilizado nessa altura.
1,5 milhões de investimento municipal
O investimento de 1,5 milhões de euros é inteiramente municipal, estando integrado num projeto global, segundo a Lusa, que inclui outras empreitadas de requalificação da Frente Fluvial do rio Douro, sendo que algumas delas são cofinanciadas pelo Ministério do Ambiente.
Numa cerimónia que culminou com uma libertação de aves, Eduardo Vítor Rodrigues falou, esta sexta-feira de manhã, em “grande respeito pelo território”, apontando que não está em causa “uma obra pura e dura”, mas sim “uma requalificação ambiental e paisagística”.
O espaço
“Aqui nascerá um espaço aprazível com zona de merendas, ciclovia, zona pedonal, reabilitando um espaço com as melhores práticas”, descreveu o autarca que antes tinha manifestado “orgulho” na “estabilidade financeira alcançada” pela autarquia que permite, conforme disse, financiar este e de outros projetos.
A cerimónia contou ainda com a presença do ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, que lembrou o facto de a requalificação do Areinho de Avintes estar associada a três outras cofinanciadas pelo Ministério.
“É muito relevante que este investimento esteja a ser feito. Esta era a parte do rio do lado de Gaia que foi sempre muito menos olhada no passado”, disse João Pedro Matos Fernandes que, recordando o POLIS, disse que esse programa teve um ponto de vista muito urbano, enquanto aquela que poderia ser chamada de “segunda geração do POLIS” está mais vocacionada para a natureza e para as pessoas.
O governante também disse ter convicção de que o rio Douro, exatamente aquele que preenche o Areinho de Avintes, venha a ter “muito melhor qualidade em breve” graças a investimentos em Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) e na obra do intercetor de rio Tinto, Gondomar, que arrancou na última sexta-feira, num total de 36 milhões de euros com comparticipação nacional.