
O presidente da Câmara de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues, quer levar à Procuradoria-Geral da República (PGR) processos judiciais em que a autarquia está envolvida, para que seja feita «uma averiguação muito rigorosa». «Tem havido um conjunto de factos que me perturbam», afirmou ontem o autarca do PS, referindo-se designadamente aos casos da Cimpor e da VL9. Eduardo Vítor Rodrigues, que sucedeu ao social-democrata Luís Filipe Menezes, considera «extraordinário» que «de repente saiam decisões» que «iam sendo proteladas», relacionadas com questões «levantadas há 14 anos». Referindo que Gaia tem «62 processos em curso, num valor que pode ascender aos 80 milhões» em indemnizações, o socialista atribuiu «muita responsabilidade» ao executivo liderado nos últimos 16 anos por Menezes, ao adotar uma «lógica de quero, posso e mando, de ausência de vontade de diálogo».