O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, afirmou que as três autarquias têm um “modelo que permite não aumentar os custos, garantir água de qualidade e até absorver outros municípios”. Aliás, segundo o responsável, a Frente Atlântica pretende “assumir as competências relativamente à distribuição da água”.
Também o autarca de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues, garantiu que a proposta em causa assenta num estudo que viabiliza um novo sistema de captação e tratamento de água para servir os três concelhos. De acordo com o socialista, a intenção não passa por “fazer nenhuma afronta”, mas mostrar “que há uma alternativa a um erro histórico”. O presidente da Câmara de Matosinhos, Guilherme Pinto, lamentou, por sua vez, uma situação de “ingerência política por parte da administração central junto dos municípios”, salientando que a alternativa divulgada é “um sinal dirigido ao poder central”.
De referir que a solução apresentada está na base de um estudo desenvolvido na sequência da extinção da empresa Águas do Douro e Paiva e da sua integração na Águas do Norte, cuja criação foi alvo de contestação judicial de diversos municípios. A alternativa à empresa, que implica um investimento de 101 milhões de euros em três anos, passa pela criação de uma nova captação na albufeira de Crestuma, pela construção de uma nova Estação de Tratamento de Água em Gondomar e de dois sistemas elevatórios a norte e sul do rio Douro.
