
Vila Nova de Gaia acolhe a segunda edição do Fórum Internacional GTM – Gaia Todo um Mundo, dedicada à cooperação para o desenvolvimento sustentável. Música, artes visuais, teatro, cinema e debate são algumas das vertentes da “festa da cidadania” que arranca na quinta-feira, dia 27, e se prolonga até domingo, 30 de setembro.
Durante quatro dias, o Fórum Internacional GTM – Gaia Todo um Mundo quer ser “uma festa da cidadania, onde todos são convidados a participar”, sublinha a organização do evento que terá como epicentro o centro histórico de Gaia, onde se reunirão “pensadores e criadores, de várias nacionalidades” para ali criar “um cais ligado ao planeta”.
“Se todos somos responsáveis por este espaço comum em que vivemos, todos temos de enfrentar o enorme desafio de encontrar estratégias e ações para a sustentabilidade”, destaca.
Na área reservada ao Pensamento, cujo programador é Nuno Cobanco, os debates terão temas como “Recursos Hídricos: Os Desafios para a Sustentabilidade e Sobrevivência do Homem”, bem como “O Impacto Económico da Água”, destacando-se uma conferência sobre o prémio nobel alternativo do ambiente, o ‘Goldman Environmental Prize’.
“Pretende-se envolver todos na responsabilidade partilhada com o planeta, que no limite pode pôr em causa o nosso Mundo e até mesmo a nossa existência”, assinala o programador.
No que diz respeito à música – vertente a cargo de André Gomes -, haverá espetáculos de artistas de várias latitudes e de vários ritmos e estilos, em palcos tão distintos como a Capela do Convento Corpus Christi, o Armazém 22, a Mercearia do Bernardino e o espaço Zé da Micha.
A música voltará a juntar nomes confirmados com valores emergentes da música nacional e internacional, desde a country norte-americana das Maiden Radio, à poesia caribenha de Anthony Joseph, ou as canções folk de Joan Shelley. Soma-se o pop dos Oso Leone e a eletrónica das Haema, as centrifugações de géneros de Bruno Pernadas o pós-clássico de Alberto Montero, bem como o rock de Bombino e o folk-rock de Marem Ladson.
Óscar Faria é o responsável pela vertente das Artes Visuais. Haverá exposições, visitas guiadas, intervenções de rua e ‘masterclasses’, destacando-se a mostra que se desenvolve num percurso paralelo ao rio Douro com o nome “Não é ainda o mar”, título é inspirado num verso de Eugénio de Andrade.
No que diz respeito ao Cinema, o tema da água marcará a programação da autoria de Sérgio Marques. A vertente de Performance foi desenhada pela programadora Mariana Amorim e pela consultora Tânia Guerreiro que criaram um proposta “baseada na noção de que as ruas de uma cidade contêm, até nos mais recônditos lugares, a essência da sua comunidade”.
Já a Ricardo Alves coube desenhar a vertente de Teatro e de Encontro de Contos, o qual será composto por duas linhas programáticas com lançamento de um livro e sessões dinamizadas por contadores profissionais.
Além das sessões dirigidas a públicos escolares e geral, está ainda agendada uma “Roda do Conto” que será um encontro/conversa com os artistas presentes, com vista a refletir sobre o conto a sua importância e mecanismos.
“À margem – Percurso Sonoro” é outra das atividades do GTM, sendo objetivo da programação de Tiago Correia “percorrer e (re)descobrir as ruas da zona histórica de Gaia”, através de uma ficção acompanhada pelo discurso de um personagem mistério, um velho habitante que tenta recuperar a memória de si mesmo e cuja história se confunde com a do próprio lugar.
O Fórum Gaia Todo um Mundo apresenta ainda a vertente Coros, dirigida por Carmina Repa Gonçalves, Instalações de Luz por Manuel Alão, e uma Rota de Petiscos preparada pelo chefe Cordeiro com cerca de três dezenas de restaurantes a aderir à iniciativa.
O programa completo pode ser consultado em http://gtm.cm-gaia.pt/pt/.