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FITEI: O que há de comum entre um cabeleireiro e um poema?

FITEI: O que há de comum entre um cabeleireiro e um poema?
A pergunta é simples e direta. O que há de comum entre um cabeleireiro e um poema? A resposta está em duas sessões que a Nómada Art & Public Space traz ao FITEI, nos finais de tarde desta quarta e quinta-feira.

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“Solange – uma conversa de cabeleireiro” põe em foco, segundo o portal de notícias da autarquia, os dilemas e as catarses sem filtro enquanto se cuida de si e das outras, tal e qual como na poesia, quando se cuida das palavras, quando se arrumam [arranjam] de outra forma como quem arruma a realidade.
Este ensaio “frenético” do real leva o público do FITEI ao Cabeleireiro Nunes Queirós (Rua de Santa Catarina, 31), que se converte assim num inesperado palco do festival às 19h30 desta quarta e quinta-feira, dias 7 e 8.
Todos poderão constatar as semelhanças entre o ofício de cabeleireiro e poeta. A começar por “fazer brilhar o aqui agora. O trabalhar num reduto clandestino. O dar forma pública à privacidade sem a devassar. O esperar por uma revolução que descabelará os tempos vindouros. O escutar de mil dilemas e catarses, quase segredos e quase revelações. O cuidar de uma fração do corpo abrindo a comporta de muitas almas alheias”.

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