
Esta sexta-feira e sábado, entre as 14h e as 02h, a programação – que é igual nos dois dias – propõe a animação de diversos espaços do centro histórico da cidade por 47 companhias e outros dinamizadores artísticos, que trazem à cidade 16 estreias mundiais e 22 nacionais.
O cartaz deste ano dá destaque aos espetáculos com objetos insufláveis do conceituado coletivo francês Plasticiens Volants, mas o festival apresenta também uma secção para valores emergentes das artes de rua, reunindo-os na programação própria do “Mais Imaginarius”.
Essa secção resulta de um concurso internacional aberto a novos criadores artísticos e, entre 148 candidaturas de 29 nacionalidades, o júri selecionou 20 projetos que, além de se apresentarem agora na Feira, podem ser premiados com o convite para realizarem uma residência artística na cidade e conceberem um espetáculo inédito para a edição de 2017 do festival.
Entretanto, o Mais Imaginarius apresenta-se já com criações de Portugal, Espanha, Itália, Alemanha, Estados Unidos, Dinamarca, Hungria, Bélgica, Irlanda, México, Brasil e Taiwan.
Por exemplo, a companhia italiana Ensemble Lodi traz à Feira o espetáculo itinerante “Volver”, com um registo poético e sensorial acentuado por trajes rebuscados, a lembrar a commedia dell’arte e os carnavais venezianos.
Em “Silent Concert”, a dinamarquesa Alice Rose reinventa o seu universo musical recorrendo a conceitos impostos pelas limitações de ruído de algumas cidades, entre as quais aquelas em que vem vivendo: Colónia (na Alemanha), Amesterdão (na Holanda) e Goa (na Índia).
O Mais Imaginarius inclui ainda “The Budapest Marionettes”, em que o húngaro Bence Sarkadi manipula personagens de várias histórias intimistas, e “Wonderwool”, em que a companhia espanhola Bígolis Teatre recria os esforços de dois gatos para recuperar as bolas extraviadas de uma fábrica de lã.
A seleção dos 20 projetos foi realizada por um júri internacional envolvendo docentes de escolas artísticas portuguesas e diretores de festivais de rua estrangeiros.