O festival dedicado à cinematografia de França está de volta à cidade do Porto de 29 de outubro a 4 de novembro. Antes, vai passar por Lisboa, Coimbra e Almada. O grande destaque deste ano é a obra da atriz, realizadora e ativista Delphine Seyrig.
A edição 2020 da Festa do Cinema Francês, que vai passar por Lisboa (8 a 21 de outubro), Porto (29 outubro a 4 de novembro), Coimbra (21 a 24 de outubro) e Almada (14 a 18 de outubro), “volta a levar às salas algumas das mais interessantes novidades da cinematografia de França, assim como obras incontornáveis da história do cinema mundial”.
“O grande destaque deste ano será feito na obra da atriz, realizadora e ativista Delphine Seyrig, em coprogramação com a Cinemateca Portuguesa”, e, para que todos possam aproveitar a programação da Festa, sem prejuízo das medidas de proteção e segurança em relação à Covid-19, “a par da programação em sala, a 21.ª edição da Festa do Cinema Francês contará com uma extensão ‘online’, exibindo alguns dos filmes selecionados em plataforma VoD [‘Video on Demand’]”, refere o comunicado da organização.
A retrospetiva dedicada a Delphine Seyrig “percorre o curso essencial da sua carreira como atriz e cineasta, incluindo o filme realizado com Carole Roussopoulos e Ioana Wieder, ‘Les trois portugaises’, sobre Isabel Maria Isabel Barreno, Maria Teresa Horta e Maria Velho da Costa”.
“Ícone cinematográfico por mais de 40 anos, Delphine Seyrig conquistou o apreço de público e crítica de especialidade pela forma cerebral com que atacava as suas performances em palco e no ecrã, a sua defesa incontestável dos direitos das mulheres e as colaborações ousadas com cineastas independentes em produções que, hoje, são colocadas no patamar de clássicos”, recorda a organização da Festa.
“Consistente na sua escolha de papéis, a vida e obra de Seyrig é indissociável do seu activismo político e dos filmes que daí resultaram. Em nome próprio, realizou inúmeras obras que são o testemunho para uma geração de mulheres que se movia, no terreno, na luta pela igualdade de género. Seja na reinterpretação do Manifesto S.C.U.M. de Valerie Solanas (‘S.C.U.M. Manifesto 1967’), ou ‘Maso et miso vont en bateau’ – onde ataca um programa francês que criticou o ano da mulher em França, o seu trabalho como realizadora é intransigentemente radical e, por isso mesmo, uma voz vital e visionária na cultura da época”, acrescenta o comunicado.
A programação completa da 21.ª Festa do Cinema Francês será anunciada “nas próximas semanas”, mas já se sabe que, no Porto, o Teatro Rivoli exibirá a abertura oficial e as sessões escolares. O restante da programação poderá ser vista no Cinema Trindade.
A Festa do Cinema Francês é organizada pela produtora Jangada, com o apoio da Embaixada de França e do Institut français du Portugal, em parceria com a rede das Alliances Françaises em Portugal.
