A Câmara Municipal do Porto aprovou, na última reunião do executivo, o “encerramento definitivo” da Feira do Cerco. A medida entrará em vigor no início do próximo ano, dando assim oportunidade aos feirantes de encontrarem alternativas.
Em causa, segundo explicou Rui Moreira, estão os vários constrangimentos que a realização da feira tem vindo a criar, nomeadamente para moradores e visitantes. “Não podemos ter uma feira que só funciona se tivermos lá uma parafernália de segurança e proteção para garantir que a feira funciona, que os nossos fiscais podem intervir e fiscalizar aquilo que se torna numa coisa infiscalizável”, destacou o presidente da Câmara Municipal do Porto.
Considerando que a Feira do Cerco “não consegue viver em condições normais e democráticas”, o executivo municipal liderado pelo autarca optou por encerrar a mesma e anunciou uma nova feira, intitulada Feira de Campanhã, que será instalada num espaço próprio, na freguesia, criado para o efeito.
Neste momento, a Câmara do Porto já está a “trabalhar com os serviços de Espaço Público e Urbanismo na identificação de um local” para a realização da feira, avançou Ricardo Valente, vereador do pelouro do Turismo e Comércio.
Em Campanhã, segundo acrescentou, passarão a realizar-se, assim, duas feiras – a Feira da Vandoma e a Feira de Campanhã.
A propósito da problemática existente na Feira do Cerco, o responsável admitiu que foi aprovado o encerramento da mesma “para salvaguardar o bem-estar físico das pessoas que trabalham no município”, que eram frequentemente ameaçadas.
“Esta feira, antes da pandemia, tinha 251 feirantes, dos quais 28 deles legais. Tínhamos 89% dos feirantes que não constavam dos mapas, não estavam registados, não estavam credenciados e não pagavam qualquer tipo de taxas ao município. Após a pandemia tomámos uma medida de elementar justiça: a feira iria abrir apenas para os feirantes legais”, sublinhou ainda, citado no Porto..
Fotografia: Porto.
