O golo de Raphinha, a aparecer nas costas da defesa num lançamento longo (22’), surgiu quando nada o fazia prever.
“A nossa primeira parte teve pouco do nosso ADN. Falhámos passes fáceis e no último terço faltou sempre clarividência para definir bem. Entrámos algo ansiosos e penso que em alguns momentos quisemos fazer as coisas demasiado rápido. Tive o intervalo mais fácil desde que sou o treinador do FC Porto. Corrigimos duas ou três coisas, mas, como já disse, tenho plena confiança nos meus jogadores. Não tive que dizer absolutamente nada, só que tenho mil por cento de confiança neles. Depois, a segunda parte, foi o que se viu. Fizemos quatro golos e podíamos ter feito mais”, refere o técnico do FC Porto, Sérgio Conceição.
Aos 57’, o avançado camaronês Aboubakar fez mesmo o empate para os ‘dragões’, num belíssimo vólei após cruzamento de Corona – provavelmente o primeiro passe acertado do mexicano naquela noite. Cinco minutos depois, Brahimi, que cumpria o 100.º jogo de dragão ao peito, recebeu a bola de Alex Telles, tirou um adversário do caminho e ‘picou’ a bola sobre Douglas.
Mas faltava Marega para o recital africano ficar completo. E mesmo não sendo esta a melhor noite do avançado maliano, houve tempo para fazer dois golos à antiga equipa, primeiro de cabeça a passe de Hernâni (também ele um ex-conquistador), depois com o pé direito, após assistência de Ricardo Pereira. Por altura do 4-2 de Héldon (88’), já os homens de Sérgio Conceição estavam mais do que confortáveis na sua posição oficiosa de campeões de inverno.
“A nossa vitamina e a motivação é o trabalho. Não tem a ver com situações externas. O grito e a emoção são importantes, mas isso não chega, talvez chegue só para uma semana. O que nós temos feito é mais do que isso. Temos qualidade no trabalho… e falo de todos. Do departamento médico, à direção e, claro, dos jogadores”, conclui Sérgio Conceição.
- LocalCasa de Serralves
- Horário11h00 – 12h30
- Dias21 JAN 2018