Durante a conferência de imprensa de apresentação do “Fantas” deste ano, o diretor do festival, Mário Dorminsky, afirmou que o evento se faz, hoje, “para um orçamento inferior ao de há cinco anos”, devido à “retração das empresas privadas em relação àquilo que é cultura”. Ainda assim, acrescentou, a qualidade da programação é um dos elementos que não surge ameaçado. Assim, entre as principais novidades para esta edição constam a recuperação da secção competitiva “Oriente Express” – que não foi utilizada no ano anterior devido à falta de qualidade dos filmes orientais – e a atribuição do Prémio Carreira a António de Macedo. A homenagem ao realizador português contará com a projeção de “Chá Forte com Limão”, “O Princípio da Sabedoria”, “Os Abismos da Meia-Noite” e “Os Emissários de Khalom”, não estando ainda confirmado se o cofundador do Centro Português de Cinema estará apto a marcar presença no evento.
De realçar também a homenagem a algumas estrelas do cinema francês – Isabelle Hupert, Sandrine Bonnaire, Jacqueline Bisse, Delphine Seyrig, Catherine Deneuve e Jeanne Moreau, num programa que inclui a exibição de “A Cerimónia”, de Claude Chabrol, “O Último Ano em Marienbad”, de Alain Resnais, “A Princesa com Pele de Burro” de Jacques Demy e “Sem Eira Nem Beira” da mulher de Demy, Agnès Varda.
Os organizadores do festival revelaram ainda que a abrir o pré-Fantas estará “O Planeta Selvagem”, de René Laloux, que conta com acompanhamento musical de Beautify Junkyards. No encerramento, o público será brindado com “Robot & Frank”, de Jake Schreier. Segundo Beatriz Pacheco Pereira, este ano, o Fantasporto conta com cerca de 300 filmes, 80% dos quais produções europeias.
Na secção competitiva de Cinema Fantástico destaca-se o filme “Berberian Sound Studio”, de Peter Strickland, que foi considerado um dos melhores filmes de 2012 para a revista Sight & Sound. Por sua vez, na Semana dos Realizadores, sobressaem “Pietà”, de Kim Ki-Duk, premiado com Leão de Ouro no Festival de Veneza 2012, e o filme mais recente do britânico Terence Davies, “The Deep Blue Sea”.
